Rede Onda Digital
Ouça a Rádio 92,3Assista a TV 8.2
“A gente não pode vender uma ilusão”, diz ministra da Saúde sobre vacina da dengue

“A gente não pode vender uma ilusão”, diz ministra da Saúde sobre vacina da dengue

Ivanildo Pereira
Por Ivanildo Pereira | 08 de fevereiro de 2024

A ministra da Sáude, Nísia Trindade, afirmou na quarta-feira (7/2) que o governo “não pode vender uma ilusão” de que a vacinação contra a dengue, prevista para começar nos próximos dias, terá impacto no atual surto da doença no país.

A vacinação contra a dengue está prevista para começar nos próximos dias no país. No entanto, por causa da quantidade reduzida do imunizante Qdenga, de fabricação japonesa, a pasta estabeleceu grupos prioritários para receber a vacina, e só em regiões específicas do Brasil.

Nísia afirmou:

“A vacina não deve ser vista como um instrumento mágico. Porque precisa de duas doses, é um intervalo de três meses e, como todos sabem, [temos] uma oferta do laboratório limitada de doses”.


Leia mais:

Dengue no Amazonas: Wilson Lima participa de reunião com ministra da Saúde

Diretor da OMS defende Brasil como fornecedor de vacinas contra a dengue


Ela continuou:

“Temos que olhar essa vacina de forma diferente. A mensagem, agora, é controle de vetores [o mosquito Aedes aegypti] e cuidado. Ela [a vacina] terá um impacto restrito para esses surtos. Observa-se, então, três meses de intervalo. A gente não pode vender uma ilusão”.

Neste começo de 2024, a dengue se tornou um problema sério de saúde, com vários estados brasileiros experimentando alta de casos e mortes já confirmadas. O país registrou 364.855 casos prováveis de dengue até esta quarta-feira (7/2), além de 40 óbitos pela doença confirmados e 265 em investigação.

O laboratório japonês Takeda, fabricante da vacina, ofereceu um número reduzido de doses para compra pelo governo federal — um total de 5,2 milhões, capazes de imunizar 3,2 milhões de pessoas.

*Com informações de Metrópoles