
Vaza vídeo que mostra como ficou traficante Gotinha da Maré morto pelo BOPE

Daniel Falcão dos Santos, conhecido como “Gotinha da Maré”, foi um dos dois mortos em uma operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) realizada na última terça-feira (13/5), no Complexo da Maré, zona Norte do Rio de Janeiro. Ele era apontado como braço direito de Thiago da Silva Folly, o “TH da Maré”, líder do Terceiro Comando Puro (TCP), que também morreu na ação policial.
Segundo a Polícia Militar, os dois criminosos estavam escondidos no Morro do Timbau, em um ponto estratégico da comunidade. O local foi descoberto após semanas de trabalho de inteligência. Durante o cerco, houve troca de tiros, e Gotinha foi atingido na cabeça.
Figura-chave no crime organizado
Daniel Falcão era considerado uma peça-chave na estrutura da facção. Contra ele, havia mandados de prisão por tráfico de drogas, porte de armas de uso restrito e associação criminosa. As investigações apontavam que ele exercia funções operacionais e financeiras dentro do grupo liderado por TH.
Entre suas atribuições estavam o repasse de ordens entre os setores da quadrilha e a coleta de lucros das bocas de fumo no conjunto de comunidades da Maré — atividades que mantinham o caixa do grupo criminoso em funcionamento. Gotinha também atuava como segurança pessoal de TH.

Vida de ostentação nas redes sociais
Apesar do histórico criminal, Gotinha cultivava uma imagem de luxo e poder nas redes sociais. Em seu perfil no Instagram, onde reunia mais de 110 mil seguidores, publicava fotos ao lado de veículos caros, motos de alta cilindrada, joias e armamento pesado, como fuzis.
Vídeos que circularam recentemente mostram o momento em que ele teria tentado proteger TH durante o confronto com o Bope. As imagens viralizaram entre simpatizantes da facção e moradores da região.
Repercussão e homenagens
Após sua morte, diversos perfis ligados à comunidade da Maré prestaram homenagens. A companheira de Gotinha, identificada como Beatriz, publicou mensagens emocionadas nas redes sociais, declarando amor e luto. As manifestações online evidenciam a idolatria que o traficante exercia sobre parte da população local.

Operação estratégica contra a cúpula do TCP
A operação que levou à morte de TH e Gotinha foi considerada uma das mais relevantes dos últimos tempos no enfrentamento direto à liderança do Terceiro Comando Puro. Ambos eram considerados foragidos de alta periculosidade e estavam entre os principais alvos das forças de segurança fluminense.
Além de envolvimento com o tráfico, os dois eram investigados por crimes graves, incluindo o assassinato do cabo do Exército Michel Augusto Mikami, em 2014, e do soldado da Força Nacional Higor da Silva Barbosa, morto em outra ação policial.
A localização onde estavam escondidos dificultava ações anteriores, por se tratar de um ponto com acesso limitado e alto risco. Com a morte dos dois, as autoridades esperam fragilizar a liderança da facção e abrir caminho para novas investidas contra o crime organizado na região.
Veja o vídeo: