
Israel acusa Irã de ter tentado matar Netanyahu e Trump; iranianos respondem em sessão tensa na ONU

Representantes diplomáticos de Israel e Irã trocaram acusações durante reunião tensa do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (20/6).
No encontro de emergência convocado pelo Irã, o representante do estado judaico, Danny Danon, acusou os líderes iranianos de defenderem publicamente a erradicação de Israel e de terem agido para tentar matar o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, e também o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Danon declarou:
“Por anos, o seu líder supremo tem defendido a destruição do Estado de Israel e dos EUA. Como você se atreve a mandar cinco cartas a este conselho pedindo esta sessão para pedir apoio à comunidade internacional? Como se atreve a pedir apoio contra as consequências de sua agenda genocida? Não tem vergonha?”.
Pouco antes, o representante do Irã, Amir-Saeid Iravani, acusou Israel de cometer crimes de guerra. Ele disse:
“Os ataques de Israel às instalações nucleares são crimes de guerra graves, dado também o perigo de uma catástrofe ambiental e de saúde como resultado de vazamento radiológico”.
Chegou o momento em que os representantes dos dois países trocaram farpas. Danon disse, sem apresentar provas:
“Senhor Iravani, o senhor não é uma vítima. O senhor nem sequer é um diplomata. O senhor é um lobo fingindo ser diplomata, e nós já cansamos de fingir o contrário. Seu governo tentou o assassinato do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e tentou o assassinato do presidente Trump”.
No início da reunião, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que se “dê uma chance à paz”, mas o que se seguiu foi uma forte disputa entre os demais representantes diplomáticos.
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Depois de diversas ameaças, Israel lançou, na semana passada, o que chamou de “ataque preventivo” contra o Irã. O foco da operação foi o programa nuclear iraniano.
Desde então, os dois países têm trocado bombas e acusações. A reunião desta sexta, no Conselho de Segurança da ONU, busca evitar a escalada do conflito, mas o cessar-fogo parece distante.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já afirmou que as ofensivas contra o Irã vão continuar. Até o momento, relatos indicam que os bombardeios já destruíram parte do programa nuclear iraniano. Danos maiores, no entanto, dependem de bombas – ou da participação direta – dos EUA, o que tem sido solicitado pelo governo de Israel.
*Com informações de Metrópoles.