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Lira diz que PL do Mover tem “sérios riscos de cair” após Senado excluir “taxa das blusinhas”

Lira diz que PL do Mover tem “sérios riscos de cair” após Senado excluir “taxa das blusinhas”

Diogo Rocha
Por Diogo Rocha | 04 de junho de 2024

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou, nesta terça-feira (04/06), a exclusão da “taxa das blusinhas” pelo relator do projeto de lei (PL) que cria o Programa de Mobilidade Verde (Mover) para a descarbonização do setor automotivo. Lira também cobrou o cumprimento de acordos políticos após o imposto sobre compras internacionais de até US$ 50 ter sido acordado pelo governo Lula (PT) com os deputados federais.

“Um fato importante é que as coisas têm que ter uma orientação única em relação aos acordos que são firmados entre as matérias que tramitam no Congresso Nacional. Eu penso que o governo irá corrigir e votar o texto que foi acordado”, disse Lira a jornalistas nesta terça.

Arthur Lira afirmou que, caso o Senado altere o texto que foi negociado, o projeto do Mover “tem sérios riscos de cair junto”.

“Não sei como é que os deputados vão encarar uma votação que foi feita por acordo, se ela retornar [à Câmara]. Eu acho que o Mover tem sérios riscos de cair junto e não ser votado mais na Câmara. Isso eu penso de algumas conversas que eu tive”, disse.


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O plenário do Senado adiou, nesta terça-feira, a votação do PL que cria o Mover. No início da manhã, o relator da matéria, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), anunciou a retirada do trecho que tratava da taxação de compras internacionais.

Lira defendeu o texto aprovado pela Câmara, com o trecho que taxa as compras internacionais, e afirmou que conversou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para garantir o acordo.

O presidente da Câmara também disse que procurou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para conversar sobre o trecho retirado do texto.

“Eu procurei o presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco, que me informou que os partidos estavam se organizando para, através de um destaque ou um requerimento de preferência, restabelecer o texto do acordo”, afirmou Lira.

Com o adiamento da votação, a expectativa é de que os senadores apreciem a matéria nesta quarta-feira (05/06). Os parlamentares poderão apresentar destaque ao texto de Cunha para alterar o parecer divulgado. Se houver mudanças no projeto, a matéria precisará retornar à Câmara dos Deputados.

*Com informações da Folha de S.Paulo e CNN Brasil