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Ministério Público do Rio de Janeiro quer punição máxima para assassinos confessos de Marielle Franco

Ministério Público do Rio de Janeiro quer punição máxima para assassinos confessos de Marielle Franco

Lara Tavares
Por Lara Tavares | 31 de outubro de 2024

Durante o segundo dia de julgamento de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, os promotores falaram aos jurados que ambos são sociopatas, parceiros no crime e foram enfáticos no desejo de que o crime não fique impune. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) se manifestou e pediu a punição dura para os assassinos confessos de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Durante as 2h30 de fala destinada ao MP, o promotor Eduardo Martins expôs aos jurados a proposição com argumentos de que os jurados condenem a dupla em todos as acusações. Os executores do crime foram denunciados pelo MPRJ por duplo homicídio triplamente qualificado, um homicídio tentado e pela receptação do Cobalt, carro usado no dia do crime, ocorrido em 14 de março de 2018.

A expectativa é, ainda, que o MP peça ao Conselho de Sentença do IV Tribunal do Júri 84 anos de prisão para Lessa e Queiroz.

O júri do caso teve início nessa quarta-feira (30/10), às 9h. Nesta quinta-feira, o julgamento seguiu com testemunhas, advogados de defesa e acusação e com a fala do Ministério Público.

Ronnie e Élcio foram presos na Operação Lume, deflagrada pelo MPRJ e pela Polícia Civil, em março de 2019. Eles são assassinos confessos de Marielle e fecharam acordo de delação premiada.


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“Sociopatas”

O outro promotor do MPRJ, Fábio Vieira, classificou os executores confessos de Marielle como “sociopatas”. “Confessaram porque estão arrependidos? Não. Confessaram porque vão ganhar um benefício de alguma forma. Então, isso é uma característica do sociopata, eles não têm emoção em relação ao outro, eles não têm sentimento, não têm empatia”, destacou.

“Eles sabem o que é certo e o que é errado, mas eles não ligam para isso. Eles só ligam para as consequências, para o medo de serem punidos caso sejam pegos, como aconteceu. Para eles, não importa a vida. ‘Eu fui contratado para matar a Marielle, mas não me importa, porque eu vou receber dinheiro’”, afirmou Fábio.

*Com informações do Metrópoles