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Ministro do STF inclui Elon Musk como investigado no inquérito das milícias digitais

Ministro do STF inclui Elon Musk como investigado no inquérito das milícias digitais

Diogo Rocha
Por Diogo Rocha | 07 de abril de 2024

O dono do X (antigo Twitter), o bilionário Elon Musk, foi incluído no inquérito das milícias digitais pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A decisão foi publicada na noite deste domingo (07/04).

A publicação veio à tona após Musk publicar que Moraes deveria “renunciar ou sofrer um impeachment”.

O empresário norte–americano disse ainda que o ministro do Supremo “traiu descaradamente e repetidamente a Constituição e a população do Brasil”. Na mesma postagem, o empresário anunciou que publicará “em breve” na rede social tudo que é exigido por Alexandre de Moraes, dizendo que as solicitações “violam a lei brasileira”.

“Estamos revertendo todas as restrições. Este juiz aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortou o acesso ao 𝕏 no Brasil. Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório lá. Mas os princípios são mais importantes do que o lucro”, disse Elon Musk na publicação.

Moraes fixou multa diária de R$ 100 mil à plataforma e a cada perfil que descumprir as determinações da Suprema Corte ou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


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O ministro ressaltou, em sua sentença, ser “inaceitável” que qualquer representante de provedores de redes sociais “desconheçam a instrumentalização criminosa que vem sendo realizada pelas denominadas milícias digitais, na divulgação, propagação, organização e ampliação de inúmeras práticas ilícitas nas redes sociais, especialmente no gravíssimo atentado ao Estado Democrático de Direito e na tentativa de destruição do STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto, ou seja, da própria República brasileira”.

Em outro trecho de sua decisão de sete páginas, Alexandre de Moraes fala que o bilionário agiu com dolo:

“Na presente hipótese, portanto, está caracterizada a utilização de mecanismos ilegais por parte do “X”; bem como a presença de fortes indícios de dolo do ceo da rede social “X”, Elon Musk, na instrumentalização criminosa anteriormente apontada e investigada em diversos inquéritos”.

*Com informações do Metrópoles