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MPAM inspeciona obras de ampliação do aterro de Manaus após assinatura do TAC

MPAM inspeciona obras de ampliação do aterro de Manaus após assinatura do TAC

Diogo Rocha
Por Diogo Rocha | 14 de agosto de 2024

Uma equipe do Ministério Público do Amazonas (MPAM) realizou uma inspeção dos ajustes e obras de ampliação do aterro municipal pela Prefeitura de Manaus, na terça-feira (13/08). A visita no aterro localizado no KM 19 da rodovia AM-010 foi para fiscalizar o cumprimento do termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado com o Município.

Pelo MPAM, as procuradoras de Justiça Silvana Nobre de Lima Cabral e Mara Nóbia Albuquerque da Cunha e o promotor de Justiça Carlos Sérgio Edwards de Freitas observaram as instalações e a natureza dos resíduos atualmente alocados no espaço. O grupo também colheu informações sobre o andamento das obras.

De acordo com o órgão ministerial, a Prefeitura de Manaus já forneceu, em maio deste ano, um relatório sobre a tratabilidade dos gases e do chorume gerado pelo aterro.

“Este espaço atravessa um período de transição, pois o TAC gira em torno da implantação de um novo aterro para a cidade de Manaus. Enquanto acontece o processo de definição desse novo endereço, o atual passará por adaptações necessárias para que siga em atividade até abril de 2028, data limite prevista no documento, e proceda-se com a recuperação da área degradada”, afirmou a procuradora de Justiça, Silvana Nobre Cabral.

Parte da Ação Civil Pública nº 0011561-03.2000.8.04.0012, o TAC também prevê ampliação da área do atual aterro, que se estende ao longo de 730 mil metros quadrados, em 200 mil metros quadrados; proibição de descarte no local de resíduos da construção civil e industrial, mesmo que inertizados; apresentação de licença ambiental para manejo e controle da fauna do aeródromo; tratabilidade do chorume por meio da implantação de um sistema com tecnologia de osmose reversa; tratabilidade do gás gerado pelos resíduos, com comprovação via relatórios periódicos, entre outros.


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Após atender às atuais exigências ambientais, com as respectivas licenças prévias de instalação e operação expedidas, o novo aterro de Manaus deverá estar ativo e concluído até o dia 30 de abril de 2028. Esse prazo foi definido em um cronograma, em que os principais pontos, a partir da homologação do TAC, são:

  • 140 dias, no máximo, para apresentação de um estudo preliminar sobre a área a ser destinada para instalação do novo aterro, com mapeamento e sobreposição das diferentes camadas cartográficas dentro do raio máximo definido, entre outras especificações técnicas;
  • 140 dias após recebimento do termo, no máximo, para apresentação pelo município de Manaus de um estudo de impacto ambiental, bem como o requerimento da licença prévia ambiental;
  • 400 dias, no máximo, para execução da obra e instalação do novo aterro, a partir da assinatura do contrato com a empresa vencedora do certame.

*Com informações da assessoria