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MPF quer explicações da Meta sobre impactos da decisão de encerrar checagem de fake news

MPF quer explicações da Meta sobre impactos da decisão de encerrar checagem de fake news

Diogo Rocha
Por Diogo Rocha | 07 de janeiro de 2025

O Ministério Público Federal (MPF) decidiu oficiar a empresa Meta, que controla as plataformas Facebook, Instagram e WhatsApp, para avaliar o impacto das novas regras de checagem de fatos e desinformação nos Estados Unidos. Nesta terça-feira (7/01), o CEO da big tech, Mark Zuckerberg, anunciou que encerrará o programa que verifica fake news e o substituirá por um sistema de “Notas da Comunidade”.

Essa estratégia da Meta é semelhante ao que é utilizada pela plataforma X, antigo Twitter, de propriedade de Elon Musk.

Os procuradores do MPF querem que a empresa norte-americana responda a questionamentos para que seja possível estimar um impacto de uma eventual aplicação das novas regras no Brasil.

A decisão de oficiar a Meta tem como objetivo avaliar a compatibilidade de eventuais impactos das novas regras à luz do regime jurídico brasileiro.


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Fundador e CEO da empresa, Zuckerberg anunciou medidas que mudam as regras da Meta para combater desinformação e ódio. O fim dos checadores independentes e a flexibilização nos filtros para retirada de postagens foram algumas das alterações. Zuckerberg havia indicado, no vídeo em que fez o anúncio, que iria “eliminar várias restrições em tópicos como imigração e gênero”.

Em vez de usar organizações de notícias e outros grupos independentes, a Meta confiará nos usuários para adicionar notas ou correções a postagens que possam conter informações falsas ou enganosas. É um sistema conhecido como Notas de Comunidade.

“Vamos eliminar os fact-checkers (verificadores de conteúdo) para substituí-los por notas da comunidade semelhantes às do X (antigo Twitter), começando pelos Estados Unidos”, escreveu nas redes sociais o fundador da empresa.

*Com informações do Globo