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Polícia Civil conclui investigação sobre morte de adolescente agredido na zona leste de Manaus

Polícia Civil conclui investigação sobre morte de adolescente agredido na zona leste de Manaus

Arquipo Goes
Por Arquipo Goes | 16 de julho de 2025

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) concluiu as investigações sobre a morte de Fernando Vilaça da Silva, de 17 anos, agredido no dia 3 de julho na rua Três Poderes, bairro Gilberto Mestrinho, na zona Leste de Manaus. A vítima não resistiu aos ferimentos e faleceu três dias depois.

Na última terça-feira (15/7), o segundo adolescente suspeito de envolvimento na agressão foi apreendido. O primeiro, de 16 anos, já havia se apresentado à polícia no dia 9 de julho, acompanhado por um advogado, e teve a internação determinada pela Justiça. Ambos são primos e teriam participado ativamente do ataque.

Violência e possível motivação preconceituosa

De acordo com o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Guilherme Torres, as agressões teriam sido motivadas por comentários preconceituosos relacionados à possível orientação sexual de Fernando. No entanto, nem o jovem nem seus familiares chegaram a confirmar essa condição.

Ainda segundo a autoridade policial, os suspeitos alegaram legítima defesa, afirmando que Fernando estaria acompanhado de outras pessoas e teria iniciado o confronto. Mas essa versão não se sustenta diante das provas coletadas.

“O que foi comprovado é que houve uma agressão intencional. Um dos adolescentes desferiu um chute que derrubou a vítima, que bateu a cabeça com força no chão, entrando em convulsão. Em vez de prestar socorro, os autores fugiram do local”, relatou o delegado.

Fernando chegou a ser levado por populares para uma unidade hospitalar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 6 de julho. Um dos adolescentes apreendidos já possui histórico de violência.


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Consequências e apelo por respeito

O caso foi finalizado pela Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai), que encaminhou o segundo envolvido à Unidade de Internação Provisória (UIP), onde permanecerá à disposição da Justiça. Ambos responderão por ato infracional semelhante ao crime de homicídio qualificado, com agravante de motivo fútil.

“Uma vida foi perdida de forma brutal. É essencial que a sociedade promova o respeito à diversidade para evitar tragédias como essa. Fernando era um jovem cheio de sonhos e sua ausência deixa uma dor irreparável para a família”, afirmou o delegado Torres.

Veja o vídeo: