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Caso Izabele: vigilante se apresenta à polícia e nega envolvimento na morte da adolescente

Caso Izabele: vigilante se apresenta à polícia e nega envolvimento na morte da adolescente

Alex Filho
Por Alex Filho | 31 de julho de 2025

O vigilante César Henrique, apontado inicialmente nas redes sociais como possível envolvido na morte da adolescente Izabele Dinelly, de 15 anos, se apresentou voluntariamente à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), na tarde desta quinta-feira (31/7 acompanhado do advogado, Júnior Mendes.

De acordo com a defesa, ele está colaborando com as investigações e será ouvido como testemunha, e não como suspeito.

Izabele estava desaparecida desde o último sábado (26) e foi encontrada morta dias depois, em circunstâncias que ainda estão sendo investigadas pela Polícia Civil do Amazonas.

A jovem teria saído de casa alegando que buscaria um carregador e não retornou mais. O corpo foi localizado após diligências iniciadas a partir de informações prestadas por familiares.


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Vigilante foi último a ver a adolescente

Segundo o advogado Júnior Mendes, Henrique foi a última pessoa a ter contato com Izabele. Ambos seriam amigos de longa data e da mesma cidade. Na noite de sexta-feira (25), ele teria pego a adolescente no bairro Compensa, zona Oeste, onde ela passava férias na casa de uma tia.

Após um breve passeio e conversa em um posto de combustível, ele a deixou no mesmo local de origem, por volta da meia-noite. Henrique, então, seguiu para casa, conforme comprova o registro de localização no aplicativo de corridas utilizado por ele.

“Henrique não tem qualquer envolvimento com o crime. A própria autoridade policial nos informou que ele será ouvido apenas como testemunha por ter sido a última pessoa a estar com a vítima. Ele já apresentou sua versão dos fatos e entregou as provas de localização e registros de mensagem”, afirmou o advogado.

A defesa também esclareceu que todas as informações prestadas por Henrique à família da vítima e à polícia contribuíram para o avanço das investigações, inclusive, indicando locais onde câmeras de segurança poderiam ter registrado parte do trajeto da adolescente. Segundo ele, o vigilante ficou sabendo do desaparecimento apenas na segunda-feira (28), quando estava de plantão, e entrou em contato com um primo da vítima para colaborar com informações.

Ainda circulam boatos não confirmados sobre possíveis ligações da adolescente com facções criminosas, mas o advogado afirmou que não há qualquer informação oficial nesse sentido, reforçando que é importante aguardar os resultados das investigações e não propagar especulações que prejudiquem a apuração dos fatos.

“Entendemos o momento de dor da família e nos solidarizamos com eles. Mas é importante deixar claro que Henrique não é culpado. Ele colaborou desde o início e tem interesse que esse crime bárbaro seja esclarecido o mais rápido possível”, finalizou o advogado.

A Polícia Civil segue com as investigações e não descarta nenhuma linha de apuração. O caso segue sob responsabilidade da DEHS. Familiares e amigos da vítima clamam por justiça.