
Grupo criminoso é preso por roubo de 9 kg de ouro e morte de empresário

Sete pessoas foram presas por envolvimento em um audacioso roubo de 9 quilos de ouro, avaliado em cerca de R$ 6 milhões, ocorrido em novembro de 2024, no município de Humaitá, a 590 quilômetros de Manaus. Além do roubo, o grupo também é acusado da morte de um dos sócios da carga, o empresário Gustavo Neves, assassinado em fevereiro deste ano.
Os presos foram identificados como:
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André Santos Prado Filho, 37 anos
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Emanuel de Jesus Relva Gomes, 25
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Genis Augusto Antunes Ferreira, 23
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João Paulo Santiago Neto, 23
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Raimundo José Cruz Santiago Neto, 32
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Samara Queiroz dos Santos, 41
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Vanderlei Alves da Silva
As prisões foram realizadas entre os dias 4 e 6 de agosto, durante a Operação Smooth Operator, conduzida pela Polícia Civil de Rondônia (PC-RO), por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em parceria com o 4º BPM de Humaitá e o Batalhão de Policiamento Tático (BPTar) da PMRO. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Humaitá e Porto Velho.
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Articulação interna e traição
Segundo as investigações, o roubo da carga de ouro foi articulado por um dos próprios sócios do consórcio responsável pelo transporte do metal, com o objetivo de prejudicar o parceiro de negócios e obter vantagem ilícita. Após o roubo, o outro sócio, Gustavo Neves, teria confrontado o comparsa — o que acabou levando à sua execução, em fevereiro de 2025.

“O crime foi meticulosamente planejado e envolveu múltiplos participantes, incluindo logística de transporte, comunicação e ocultação da carga”, explicou o delegado Olavo Torquato Mozer, titular da Draco.
Ligação com outro assalto
As investigações tiveram início em dezembro de 2024, após um roubo de R$ 70 mil de um frigorífico no mesmo município, ocorrido em setembro. Durante as diligências, os agentes identificaram que os autores do crime também estavam envolvidos no roubo do ouro.
“A conexão entre os dois casos foi essencial para o desdobramento da investigação. O grupo vinha atuando de forma organizada e recorrente na região”, detalhou Mozer.
Justiça e desdobramentos
Os presos foram encaminhados ao sistema prisional e estão à disposição da Justiça. Eles responderão por roubo qualificado, homicídio qualificado, organização criminosa e outros crimes correlatos.
A polícia segue investigando o paradeiro do ouro roubado e não descarta novas prisões nas próximas fases da operação.