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Presidente do STF considera um “assunto encerrado” briga de Elon Musk contra Judiciário

Presidente do STF considera um “assunto encerrado” briga de Elon Musk contra Judiciário

Diogo Rocha
Por Diogo Rocha | 11 de abril de 2024

As discussões entre o empresário bilionário Elon Musk e o Poder Judiciário brasileiro são um “assunto encerrado” para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. O magistrado também disse, nesta quinta-feira (11/04), que está na hora de “virar a página”.

“Por mim, esse é um assunto que a gente deve virar a página”, declarou o magistrado a jornalistas, ao final de um evento do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Barroso afirmou também que as resposta que o Judiciário “precisava dar, já deu”, seja por via judicial ou nas declarações de ministros da Corte. Nos últimos dias, integrantes do STF se manifestaram sobre o tema.

“Agora, qualquer coisa que tenha que ser feita, tem que ser feito no processo, se houver o descumprimento. Às vezes as pessoas fazem bravatas, mas não implementam as suas declarações”, afirmou.

Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter) fez recentemente uma série de publicações em seu perfil na plataforma acusando o ministro do STF, Alexandre de Moraes, de “promover censura no Brasil” e afirmando que o magistrado deveria renunciar ou sofrer impeachment.

Musk também anunciou que liberaria contas na rede social que haviam sido bloqueadas por decisões judiciais. O empresário afirma que as “multas pesadas” aplicadas pelo ministro estão fazendo a rede social perder receitas no Brasil.


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Pelas falas polêmicas e ameaças, o bilionário passou a ser investigado no Supremo, por ordem de Moraes.

Questionado sobre uma possível suspensão da rede social X no Brasil, Luís Roberto Barroso disse que é preciso seguir o que manda a lei e os juízes.

“O Brasil tem uma constituição, tem uma legislação e tem juízes, portanto é preciso cumprir o que diz a legislação e o que determinarem os juízes. Se houver o descumprimento a lei prevê as consequências”, declarou.

Ainda conforme o ministro, a extrema direita no Brasil e em outros países promoveu ataques, e foi preciso “tomar medidas” para proteger a democracia.

“Nós enfrentamos no Brasil, e em outras partes do mundo, uma extrema direita que disseminou ódio e ataque às instituições, e foi preciso tomar algumas medidas para neutralizar esses ataques e proteger a democracia, foi isso que aconteceu no Brasil. O resto é espuma de quem quer engajamento”, disse Barroso.

*Com informações da CNN Brasil