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Preso com meia tonelada de cocaína é solto em menos de 24h e juiz erra nome de delegado em decisão

Preso com meia tonelada de cocaína é solto em menos de 24h e juiz erra nome de delegado em decisão

Arquipo Goes
Por Arquipo Goes | 13 de maio de 2025

Um motorista detido no sábado (10/5), após ser flagrado transportando mais de meia tonelada de drogas em um caminhão na BR-262, em Corumbá (MS), foi liberado pela Justiça menos de 24 horas. A prisão foi realizada por agentes da Polícia Rodoviária Federal, e o caso encaminhado à Polícia Federal.

Segundo a PRF, o homem demonstrou nervosismo durante a abordagem e não conseguiu explicar a origem da carga que transportava. Na inspeção do veículo, os policiais encontraram sacos com entorpecentes escondidos sob uma carga simulada de minério. O suspeito admitiu que o caminhão seria entregue em Pindamonhangaba (SP).

Foram apreendidos:

  • 292,3 kg de cloridrato de cocaína

  • 253 kg de pasta base de cocaína

  • 2,6 kg de maconha

A droga está avaliada em R$ 4,2 milhões na região de fronteira, podendo chegar a R$ 11 milhões em São Paulo e mais de R$ 22 milhões no mercado europeu.


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Liberação rápida e justificativa do juiz

A soltura foi autorizada no domingo (11) por um juiz de plantão, que alegou ausência de elementos suficientes para justificar a prisão preventiva. O magistrado destacou que o réu tem 48 anos, não possui antecedentes criminais e é pai de quatro filhos, três deles menores de idade.

“Apesar da relevância da quantidade apreendida, não há indícios de que o acusado integre organização criminosa ou que vá reincidir na conduta”, escreveu o juiz na decisão.

A medida gerou reação entre policiais e causou espanto pela rapidez com que a liberdade foi concedida, considerando a dimensão da apreensão.

Documento judicial cita delegado como se fosse o preso

Outro ponto que causou polêmica foi um erro formal na decisão judicial, que mencionou como preso o nome do delegado federal que atuou no caso, Estevão Baesso, em vez do motorista. A falha, presente logo no início do despacho, viralizou em grupos de policiais e foi interpretada como reflexo de desorganização e descontentamento com o desfecho do caso.

O episódio alimentou críticas à atuação do Judiciário em casos relacionados ao tráfico internacional de drogas, especialmente diante de flagrantes que envolvem grandes quantidades de entorpecentes e possíveis conexões com o crime organizado.

Veja o vídeo:

 

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