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PT vai ao Conselho de Ética da Câmara contra deputado que desejou morte de Lula

PT vai ao Conselho de Ética da Câmara contra deputado que desejou morte de Lula

Phill Vasconcelos
Por Phill Vasconcelos | 09 de abril de 2025

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), disse que vai representar no Conselho de Ética contra o também deputado Gilvan da Federal (PL-ES), que durante sessão realizada nesta quarta-feira (9/4), afirmou repetidas vezes “eu quero que ele morra”.

Ao tomar a palavra durante a seção, Lindbergh, que é representante do partido na Câmara, rebateu a fala do parlamentar: “ele disse que quer que o Lula morra, que seus seguranças andem desarmados. O que é isso, presidente? Isso aqui é incitação à assassinato do presidente da República”. Após pedir uma sanção ao parlamentar, o petista acionou a PGR (Procuradoria-Geral da República).

Junto do deputado Kiko Celeguim (PT-SP), Lindbergh protocolou hoje um requerimento junto à PGR, pedindo a investigação e a adoção de medidas cabíveis contra Gilvan da Federal. Para os petistas, o deputado ofendeu, ameaçou e incitou violência contra o presidente.

Entenda o caso

As falas acaloradas do parlamentar ocorrem durante a votação do Projeto de Lei (PL) 4012/23, que propõe desarmar os agentes da segurança pessoal do presidente da República e de ministros de Estado.

O projeto é de autoria deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), tendo Gilvan como relator do projeto. Ao defender o projeto, o parlamentar afirmou repetidas vezes que deseja a morte do presidente Lula e que ele pode ir para o quinto dos infernos.

“Por mim, eu quero mais é que o Lula morra, eu quero que ele vá para o quinto dos infernos. É um direito meu. Não vou dizer que vou matar o cara, mas eu quero que ele morra”, disse em tom exaltado, aproveitando a oportunidade para debochar também do câncer que Lula enfrentou.


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“Nem o diabo quer o Lula, é por isso que ele está vivendo aí, superou o câncer. Tomara que tenha uma taquicardia porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando o Brasil. E eu quero mais é que ele morra mesmo”

A repercussão das declarações foi imediata. A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou uma notícia de fato à Polícia Federal (PF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitando providências cabíveis contra o deputado. Segundo a AGU, as falas de Gilvan da Federal podem configurar os crimes de incitação ao crime, previsto no artigo 286 do Código Penal, e de ameaça, previsto no artigo 147.

Apesar da polêmica envolvendo a discussão do projeto, o texto foi aprovado pela comissão, mas ainda precisa passar por outras duas comissões da Câmara antes de seguir para o Senado.