
Saiba quem é ‘Argentino’, homem brutalmente executado por facção criminosa em Manaus

O corpo encontrado esquartejado, decapitado e queimado em dois pontos diferentes de Manaus na madrugada de domingo (22/6) pertencia a Danrlei Sales de Vasconcelos, de 24 anos, conhecido no submundo do crime como “Argentino”.
Ele foi executado com requintes de crueldade em um dos crimes mais bárbaros do ano, em meio à crescente guerra entre facções criminosas que dominam comunidades inteiras da capital amazonense.
O tronco carbonizado da vítima foi encontrado próximo à Escola Municipal Professora Sônia Maria da Silva Barbosa, na rua Monte Sião, no bairro Jorge Teixeira, Zona Leste. Horas depois, moradores localizaram a cabeça, os braços e as pernas na avenida Margarita, no bairro Cidade de Deus, Zona Norte.
Imagens da execução e da fogueira com o corpo se espalharam rapidamente pelas redes sociais, reforçando a mensagem de terror enviada por criminosos.
Histórico do Argentino ligado ao PCC e à violência extrema
Danrlei era natural de Faro, no Pará, mas construiu sua trajetória criminosa em Manaus. Ingressou ainda adolescente na extinta facção Família do Norte (FDN), mas com o declínio do grupo migrou para o Primeiro Comando da Capital (PCC), onde passou a atuar como pistoleiro.
Conforme apurações, era subordinado direto de Alan Índio e respondia à liderança de Felipe “Anjinho” Ribeiro, preso em fevereiro em São Paulo.
Com diversas passagens pela polícia, Danrlei respondia por, pelo menos, cinco homicídios e duas tentativas de assassinato. Foi preso pela primeira vez aos 19 anos, em julho de 2019, portando armas de grosso calibre e usando documentos falsos. A polícia o considerava um “soldado de confiança” dentro da hierarquia do PCC.
A violência fazia parte da dinâmica familiar: dois irmãos de Danrlei também foram mortos — um em confronto com a polícia no Pará e outro assassinado em Manaus. Um terceiro irmão encontra-se atualmente preso no sistema penitenciário do Amazonas.
Relembre o caso:
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Execução cruel e guerra entre facções
A execução de “Argentino” foi atribuída a membros do Comando Vermelho (CV), facção rival do PCC. Bilhetes deixados ao lado das partes do corpo sugerem que o crime foi uma retaliação por rompimentos e disputas por controle territorial na capital.
Um dos bilhetes dizia:
“Mexeu com a tropa, se f***u”; outro trazia uma suposta confissão da vítima forçada sob coação: “Tirei a vida de muitas pessoas inocentes. Hoje estou pagando da pior forma possível”.

Vídeos que circularam nas redes sociais mostram indivíduos com a cabeça da vítima, em tom de provocação e ameaça. A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) investiga o caso.
Vídeos:
*Com informações do Diário Manauara