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Durante cobertura, repórter entra em rio e pisa em corpo de jovem desaparecida

Durante cobertura, repórter entra em rio e pisa em corpo de jovem desaparecida

Arquipo Goes
Por Arquipo Goes | 15 de julho de 2025

Um caso trágico ganhou repercussão nacional após um repórter de TV encontrar acidentalmente o corpo de uma adolescente desaparecida no interior do Maranhão. A jovem, identificada como Raíssa, de 13 anos, estava desaparecida desde o dia anterior, após se afogar no Rio Mearim, em Bacabal.

A jovem, identificada como Raíssa, de 13 anos. (FOTO: Reprodução)

Durante a gravação da matéria sobre as buscas, o jornalista Lenildo Frazão entrou no rio para demonstrar a profundidade do local onde a adolescente havia sido vista pela última vez. Ao caminhar pela água, o repórter sentiu algo estranho sob os pés e, assustado, comentou ao vivo:

“Eu acho que tem um negócio aqui no fundo da água.”

Na sequência, visivelmente abalado, ele hesita em seguir:

“Não, eu não vou não, tenho medo… parecia um braço, será que é ela?”, chegou a dizer.

Veja o vídeo:

A reação foi registrada em vídeo e viralizou nas redes sociais. Pouco tempo depois, equipes do Corpo de Bombeiros que participavam da operação intensificaram as buscas no ponto indicado pelo repórter e confirmaram que o corpo submerso era o de Raíssa.

A adolescente foi encontrada exatamente no trecho onde o jornalista havia entrado na água. Seu corpo foi retirado pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado à Polícia Civil para os procedimentos legais. Raíssa foi sepultada no dia 30 de junho, em Bacabal, sob forte comoção de familiares, amigos e colegas de escola. A unidade de ensino onde ela estudava decretou luto oficial de três dias.

Veja o vídeo:


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Até o momento, o repórter não se pronunciou publicamente sobre o episódio. A emissora em que trabalha divulgou nota informando que ele estava realizando a cobertura dentro dos protocolos de segurança, com apoio das autoridades presentes no local.

O caso gerou debate sobre os limites da atuação da imprensa em coberturas sensíveis e evidenciou, mais uma vez, os riscos enfrentados por profissionais da comunicação em campo — especialmente em situações de tragédia e emergência.