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STF forma maioria para derrubar lei que proíbe linguagem neutra nas escolas de cidade do interior de SP

STF forma maioria para derrubar lei que proíbe linguagem neutra nas escolas de cidade do interior de SP

Ana Flávia Oliveira
Por Ana Flávia Oliveira | 08 de novembro de 2024

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, votou para declarar inconstitucional uma lei do município de Votorantim, no interior de São Paulo, que proíbe o uso da linguagem neutra nas escolas da cidade. Gilmar é relator da ação no Supremo.

O voto foi acompanhado em seu entendimento pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Dias Toffoli.

Já o ministro Cristiano Zanin divergiu parcialmente do relator. Apesar de o magistrado acompanhar Gilmar na ideia de que o artigo 2º da lei tenha sua nulidade parcial reconhecida, ele argumenta que os artigos 1º, 4º e 5º não devem ser considerados inconstitucionais.

Entenda o que está em julgamento

A Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), movida em conjunto pela Aliança Nacional LGBTI+ e Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH), questiona uma lei municipal de Votorantim, no interior de São Paulo, que proíbe o uso da linguagem neutra nas escolas públicas e privadas da cidade.

Em junho, o Supremo suspendeu leis municipais semelhantes de Águas Lindas de Goiás (GO) e Ibirité (MG).

Na ocasião, todos os integrantes da Corte seguiram o relator do processo, ministro Alexandre de Moraes. O STF entendeu que não compete aos municípios legislar sobre conteúdo pedagógico.


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Julgamento 

O julgamento, que teve início no plenário virtual da Corte na última sexta-feira (1º), se estenderá até o próximo dia 11.

Restam ainda os votos dos ministros André Mendonça, Edson Fachin, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Nunes Marques.