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STJ autoriza quebra de sigilo bancário de Cláudio Castro após pedido da PGR

STJ autoriza quebra de sigilo bancário de Cláudio Castro após pedido da PGR

Kell Vasquez
Por Kell Vasquez | 20 de dezembro de 2023

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) determinou, nesta quarta-feira (20/12), a quebra de sigilos telemático, fiscal e bancário do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, no âmbito do inquérito que investiga desvio de recursos, pagamento de propina e fraude em licitação em contratos sociais do Estado entre 2017 e 2020.

A determinação foi assinada pelo ministro Raul Araújo e encaminhada à Polícia Federal para buscas e apreensão em endereços de três políticos ligados a ele. A operação foi batizada de “Sétimo Mandamento” e investiga Vinicius Sarcía Rocha, irmão de criação de Cláudio Castro, Astrid de Souza Brasil Nunes, subsecretária de Integração do Governo, e Allan Borges Nogueira, atual gestor de governança da Companhia de Abastecimento de Água do Rio, a CEDAE.

São seis crimes: organização criminosa, fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e peculato.

Na casa de Sarciá Rocha, a PF apreendeu R$ 128 mil e US$ 7.535 em dinheiro vivo. Foram encontradas também anotações e planilhas com nomes, valores e porcentagens.


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A operação investiga desvio de recursos, corrupção e lavagem de dinheiro, além de fraude em licitação, que teriam sido praticados em contratos de projetos assistenciais do Governo do Estado entre 2017 e 2020, nas gestões de Luiz Fernando Pezão e Wilson Witzel.

Em nota, o Palácio Guanabara afirmou que a operação da PF “não traz nenhum novo elemento à investigação que já transcorre desde 2019”.

A nota afirma ainda que “o fato de haver medidas cautelares, quatro anos depois, reforça o que o governador Cláudio Castro vem dizendo há anos, ou seja, que não há nada contra ele, nenhuma prova, e que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, a qual vem sendo contestada judicialmente“.

De acordo com as investigações, o grupo do governador é acusado de participar do recebimento de propina de 5% e 25% dos valores dos contratos, que somam mais R$ 70 milhões.

O inquérito que levou à deflagração da operação desta quarta-feira foi aberto em abril a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).