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“Ambiente mais agradável”, explica Exército sobre licitação para compra de adegas de vinhos

“Ambiente mais agradável”, explica Exército sobre licitação para compra de adegas de vinhos

Kell Vasquez
Por Kell Vasquez | 16 de janeiro de 2024

A Câmara dos Deputados deu prazo até quarta-feira (17/01) para o Exército explicar sobre um processo licitatório para aquisição de dez adegas de vinhos. A compra está sendo feita pelo 6º Depósito de Suprimentos, com sede em Salvador, na Bahia.

Pela descrição do edital, o “refrigerador de alimentos” do tipo “adega” deve ser de aço inoxidável escovado, com duas portas e capacidade mínima para armazenar 29 vinhos em temperatura de 7ºC a 18ºC.

Ainda de acordo com o processo de aquisição, uma das adegas será destinada ao Hospital Geral de Salvador. As demais serão distribuídas entre outras seis unidades militares.

O requerimento da Câmara com pedido de explicações foi apresentado pelo deputado Gilson Marques (Novo-SC) e aprovado pela Mesa Diretora.

“Adega é um item de luxo, não sendo essencial para as atividades do Ministério da Defesa”, justificou no documento.


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O parlamentar alega que a legislação veda a compra desse tipo de produto. O artigo 20 da Lei de Licitações estabelece que “os itens de consumo adquiridos para suprir as demandas das estruturas da Administração Pública deverão ser de qualidade comum, não superior à necessária para cumprir as finalidades às quais se destinam”.

O deputado questiona ainda quem irá utilizar as adegas, a estimativa de valor e se há outras formas de conservar vinhos que sejam “menos custosas”.

O Exército enviou a resposta ao Ministério da Defesa para ser encaminhada à Câmara dos Deputados. Segundo o documento, as adegas vão ser usadas nos hotéis de trânsito mantidos pela Força na Bahia e em Sergipe. O Exército informou que a compra das dez adegas de vinho tiveram o custo de 62 mil reais.

Conforme a justificativa do Exército, os hotéis possuem receita própria, por intermédio da locação de quartos e exploração de áreas de lazer.

“E a presença de uma adega de vinhos para serem vendidos aos hóspedes pode melhorar a experiência do usuário nos hotéis de trânsito, proporcionando um ambiente mais agradável e confortável”, diz o texto.