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Bolsonaro indica Tarcísio e mais 14 como testemunhas em processo sobre tentativa de golpe

Bolsonaro indica Tarcísio e mais 14 como testemunhas em processo sobre tentativa de golpe

Otávio Vislley
Por Otávio Vislley | 29 de abril de 2025

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (28/04), sua defesa prévia na ação penal que o acusa de participação em uma tentativa de golpe de Estado. No documento, Bolsonaro indicou 15 testemunhas de defesa, entre elas o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e figuras de destaque do cenário político e militar.

A entrega da defesa ocorreu poucos dias após Bolsonaro ser intimado oficialmente enquanto estava internado na UTI do hospital DF Star, em Brasília.

A citação foi realizada de forma contrária ao quanto estipula o artigo 244 do CPC e ocorreu contra a orientação e apesar das advertências dos médicos responsáveis pelo tratamento e internação do peticionário, situação que, todavia, não foi registrada nos autos na certidão lavrada, escreveu a defesa.

Entre as testemunhas indicadas estão o ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), os senadores Rogério Marinho (PL-RN), Ciro Nogueira (PP-PI) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS), além de autoridades militares como o general Marco Antônio Freire Gomes e o brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior. Também foi listado Giuseppe Janino, ex-diretor de tecnologia do TSE, responsável pelas urnas eletrônicas.

A lista completa inclui:

  • Amaury Feres Saad;
  • Coronel Wagner Oliveira da Silva;
  • Renato de Lima França;
  • Eduardo Pazuello;
  • Rogério Marinho;
  • Hamilton Mourão;
  • Ciro Nogueira;
  • Tarcísio Gomes de Freitas;
  • Gilson Machado;
  • general Marco Antônio Freire Gomes;
  • brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior;
  • general Júlio César de Arruda;
  • Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro;
  • Ricardo Peixoto Camarinha;
  • Giuseppe Dutra Janino.

Saiba mais:


Bolsonaro se torna réu

Bolsonaro foi incluído como réu em março deste ano junto a outros sete acusados. A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o ex-presidente integrava uma organização criminosa armada e tinha conhecimento do plano “Punhal Verde Amarelo”, que previa ações violentas para eliminar o presidente Lula (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.

STF - Julgamento de denúncia contra Bolsonaro
(Foto: Divulgação)

Além disso, a PGR sustenta que Bolsonaro sabia da chamada “minuta do golpe”, um documento com diretrizes para a implantação de um regime autoritário, o que embasa as acusações por tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, e outros crimes.

As intimações dos demais réus foram concluídas entre os dias 11 e 15 de abril. Bolsonaro, no entanto, teve seu caso adiado devido a uma cirurgia intestinal após passar mal no dia 12. Mesmo hospitalizado, o ex-presidente participou de uma live no dia 22 de abril diretamente da UTI, o que motivou a Justiça a determinar sua citação no dia seguinte.

Bolsonaro é intimado na UTI
Bolsonaro recebendo intimação na UTI (Foto: Reprodução)

*Com informações de Agência Brasil