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Câmara aprova em caráter de urgência projeto que cria exame nacional obrigatório para médicos

Câmara aprova em caráter de urgência projeto que cria exame nacional obrigatório para médicos

Phill Vasconcelos
Por Phill Vasconcelos | 16 de julho de 2025

A Câmara dos Deputados decidiu acelerar a tramitação do projeto de lei que propõe a criação de um exame nacional para futuros médicos. A aprovação do regime de urgência, nesta quarta-feira (16/7), permite que a proposta seja votada diretamente no plenário, pulando as etapas tradicionais nas comissões.

O Projeto de Lei (PL) 785/24, de autoria do deputado Doutor Luizinho (PP-RJ), propõe a criação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina como requisito para o registro de médicos nos conselhos regionais e para o exercício da profissão.

Se aprovado, o projeto vai exigir que recém-formados em medicina passem por uma prova nacional antes de obter o registro profissional nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). Em outras palavras: o diploma por si só não será mais suficiente para ingressar no mercado.

Inspirado em exames como o da OAB, obrigatório para advogados, o teste seria elaborado por uma universidade federal indicada pelo Ministério da Educação. O conteúdo avaliaria conhecimentos técnicos e práticos, de acordo com as diretrizes do curso de medicina no país.


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A proposta surgiu como resposta à disparidade na formação médica entre instituições públicas e privadas, e tem como objetivo garantir que todos os profissionais que cheguem ao sistema de saúde estejam minimamente preparados. O exame deverá ser aplicado de forma padronizada em todo o território nacional e com periodicidade definida.

Mesmo com a promessa de elevar a qualidade do atendimento médico, o projeto vem enfrentando resistência. Estudantes e parlamentares contrários ao texto dizem que a medida cria uma barreira desnecessária — especialmente para alunos de universidades públicas. Já os apoiadores destacam que, diante da expansão descontrolada de cursos de medicina no país, a população precisa de uma ferramenta de controle de qualidade.

Com o regime de urgência já aprovado, o texto pode entrar em votação no plenário a qualquer momento. Se passar na Câmara, seguirá para o Senado e, depois, dependerá da sanção presidencial para virar lei.