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Café fake: entenda o que é bebida que pode fazer mal à saúde, e como evitá-la

Café fake: entenda o que é bebida que pode fazer mal à saúde, e como evitá-la

Ivanildo Pereira
Por Ivanildo Pereira | 08 de junho de 2025

O consumo de café faz parte do hábito alimentar da maioria dos brasileiros, mas nem sempre o produto comprado é aquilo que parece. O chamado café fake, ou falsificados, vendidos como se fossem puros, pode conter misturas de ingredientes que comprometem a qualidade e a segurança da bebida. 

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mandou recolher três marcas que vendiam “café fake” no país. Segundo a autarquia, todos os itens apresentam irregularidades e não devem ser consumidos. As marcas são:

  • Pó para o Preparo de Bebida Sabor Café – Master Blends Indústria de Alimentos Ltda.
  • Pó para o Preparo de Bebida Sabor Café Tradicional Marca Melissa – D M Alimentos Ltda.
  • Pó para o Preparo de Bebida Sabor Café Preto Marca Pingo Preto – Jurerê Caffe Comércio de Alimentos Ltda.

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O que é café fake?

Muitas vezes, a bebida tem embalagem parecida com as mais famosas, mas, ainda assim, não é a bebida original. A legislação brasileira permite que o café contenha até 1% de impurezas naturais, como folhas e cascas, mas a adição intencional de ingredientes estranhos caracteriza fraude.

Segundo a Anvisa, um café fake apresenta:

  • Uso de matéria-prima imprópria para o consumo humano, contaminada com ocratoxina A, uma micotoxina produzida por fungos;
  • Presença de matérias estranhas e com impurezas, denominadas incorretamente no rótulo como polpa de café e café torrado e moído, que na verdade eram cascas e resíduos de café;
  • Contaminação no produto acabado, indicando falhas nas boas práticas de fabricação, no processo de seleção de matérias-primas, e na produção e controle de qualidade do produto final.

Como identificar?

Segundo Andreia Galliego, nutricionista da Clínica Elsimar Coutinho, substâncias como milho torrado, cevada, centeio, serragem, amidos e até argila podem ser usadas para aumentar o volume e reduzir os custos de produção.

Para reconhecer fraudes, alguns testes caseiros podem ajudar. Um deles é adicionar uma colher de café em um copo com água fria e observar o comportamento do pó. Galliego explica:

“Se o café boiar, há grande chance de ser puro. Se afundar rapidamente ou perder a cor na água, pode indicar fraude”.

Outro sinal é a textura do pó. “Cafés muito finos podem conter farinhas, e um brilho excessivo pode ser indício de adição de açúcar caramelizado”, completa a nutricionista.

Para evitar o café fake, especialistas recomendam que os consumidores comprem apenas de marcas confiáveis e optar por produtos com certificação, como o selo da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC). Galliego completa:

“Evite produtos muito baratos e prefira café em grãos, que tem menor chance de ser adulterado”.

*com informações de CNN Brasil e Info Money