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Câmara aprova decreto legislativo que reconhece calamidade pública no Rio Grande do Sul

Câmara aprova decreto legislativo que reconhece calamidade pública no Rio Grande do Sul

Diogo Rocha
Por Diogo Rocha | 06 de maio de 2024

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta segunda-feira (06/05) o projeto de decreto legislativo (PDL) 236/2024 enviado pelo governo federal que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro de 2024. A medida ainda deve ser aprovada pelo Senado.

Com isso, os limites e prazos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal poderão ser suspensos, facilitando e acelerando o repasse de recursos federais para o estado afetado por enchentes, na maior crise climática de sua história. O dinheiro usado nessa finalidade também não estará sujeito à limitação de empenho.

A medida também permite ao Rio Grande do Sul e a seus municípios ampliar operações de crédito e o recebimento de transferências voluntárias.


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A tragédia no Rio Grande do Sul já deixou 85 mortos e 339 feridos, além de 134 desaparecidos. Mais de 201 mil pessoas estão fora de casa, sendo 153.824 desalojados e 47.676 em abrigos públicos.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, informou que os deputados da bancada gaúcha foram liberados nesta semana da presença no plenário, no entanto a Casa irá buscar meios de registrar a presença e os votos favoráveis dos parlamentares do Rio Grande do Sul.

Segundo o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), até quarta-feira (8) o Congresso votará outras medidas para auxiliar a reconstrução do estado, a depender das conversas entre o presidente Lula e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

Reunião emergencial no RS

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Adolfo Brito (PP), participou, nesta segunda (06/05), no Palácio Piratini, da reunião emergencial convocada pelo governador Eduardo Leite (PSDB). O encontro foi para atualizar as informações sobre o panorama registrado no interior do estado e na região metropolitana de Porto Alegre.

Já são 83 mortes confirmadas, 332 municípios afetados e 157 pontos de bloqueio em estradas. O aeroporto Salgado Filho pode ficar fechado até o fim do mês.

Os desafios para a reconstrução do Rio Grande do Sul foram apontados durante a reunião. Eduardo Leite elencou medidas a serem, no entendimento do Poder Executivo, colocadas em prática, que vão desde a suspensão do pagamento mensal da dívida com a União – pelo período que durarem os trabalhos de reparo – até a criação de um fundo com recursos do Tesouro Federal para aplicação de iniciativas implementadas junto aos micro, pequenos e médios empreendedores.

*Com informações da Agência Câmara