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Câmara dos deputados aprova projeto de lei para reajuste salarial de servidores públicos

Câmara dos deputados aprova projeto de lei para reajuste salarial de servidores públicos

Otávio Vislley
Por Otávio Vislley | 22 de maio de 2024

A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1.213/24, que reajusta os salários dos servidores públicos de várias categorias, com ênfase nas carreiras ligadas à segurança pública. O projeto, proposto pelo Poder Executivo, incorporou reajustes após negociações coordenadas pelo Ministério de Gestão. O texto prevê aumentos progressivos até 2026.

De acordo com o substitutivo apresentado pelo deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG), os principais acordos incluem reajustes para a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Penal.

O substitutivo apresentado pelo deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG) incluiu acordos que garantem aumentos consideráveis para as carreiras contempladas. O policial penal, por exemplo, terá um reajuste de até 77,15% no fim de carreira, chegando a R$ 20 mil em 2026, passando a receber na forma de subsídio. Já a PRF terá um aumento de 27,48% no fim de carreira, alcançando R$ 23 mil em 2026, e o delegado da PF, 27,48%, com remuneração de R$ 41.350,00 em 2026.


Saiba mais:


O projeto original, que tratava inicialmente das carreiras da Agência Nacional de Mineração (ANM), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), de Tecnologia da Informação e de analistas de política social, foi ampliado durante o processo legislativo. Uma das principais alterações foi a equiparação salarial na ANM, que ao longo de três anos terá seus salários equiparados aos das demais agências reguladoras.

Para o cargo de Especialista em Recursos Minerais, por exemplo, de nível superior, o salário máximo em 2023, de R$ 18.715,75, passa a ser de R$ 20.401,35 em 2024 e chega a R$ 22.929,74 em 2026, quando a remuneração é transformada em subsídio. Com essa mudança, apenas alguns valores adicionais são permitidos por fora desse subsídio, como gratificação natalina, adicional de férias, abono de permanência, entre outros.

O projeto também prevê reajustes para outras categorias, como o Técnico em Atividades de Mineração, o Analista Administrativo e o Técnico Administrativo na ANM, além de reestruturações nas carreiras da Funai, com aumento de remuneração e reorganização dos servidores em um único Plano Especial de Cargos.

Em relação à tecnologia da informação, o projeto cria a carreira de Analista em Tecnologia da Informação, que passará a receber na forma de subsídio a partir de 1º de janeiro de 2024, com salário de R$ 18.118,13 em 2024 e de R$ 21.613,10 em 2026.

O relatório de Freitas também inclui dispositivos para permitir que servidores de todas as agências reguladoras exerçam outra atividade profissional, desde que não haja conflito de interesses. O texto também revoga trecho da Lei 10.871/04 que proibia esses servidores de exercerem regularmente outra atividade profissional.

Reestruturação e valorização de carreiras específicas

O projeto também reestrutura e valoriza outras carreiras específicas. Na Funai, por exemplo, os cargos de Indigenista Especializado e de Agente de Indigenismo foram reclassificados nos cargos de Especialista em Indigenismo e Técnico em Indigenismo, respectivamente. Os servidores desses cargos passarão a ganhar R$ 13.028,07 em 2024, R$ 15.018,06 em 2025 e R$ 17.008,05 em 2026, com base no máximo alcançável em fim de carreira.

Além disso, o projeto cria a Gratificação de Apoio à Execução da Política Indigenista (Gapin), que será paga conforme o local de lotação do servidor atuante junto às comunidades indígenas. Outras categorias, como médicos da Funai e servidores da área de Tecnologia da Informação, também serão beneficiadas com reajustes e mudanças na forma de pagamento.

*com informações da Agência Câmara e da Carta Capital