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Casal de SP que tentou comprar bebê em Manacapuru é transferido após se entregar à polícia

Casal de SP que tentou comprar bebê em Manacapuru é transferido após se entregar à polícia

Caroline Vasco
Por Caroline Vasco | 18 de julho de 2025

O casal Weslley Fabiano Lourenço, 38, e Luiz Armando dos Santos, 40, foram transferidos, nesta quinta-feira (17/07), para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caraguatatuba, em São Paulo. Eles voltaram a ser presos suspeitos de tentar comprar um bebê por R$ 500 no município de  Manacapuru, no interior do Amazonas.

Adoção ilegal

O casal teve o mandado de prisão expedido pela Justiça do Amazonas e eles decidiram então se entregar na Delegacia de Ilhabela por volta das 17h30.

Weslley e Luiz haviam sido presos, na sexta-feira (17/07), em Manacapuru pelos crimes de tráfico de pessoas com a finalidade de adoção ilegal.

De acordo com a delegada Joyce Coelho, da DEP de Manacapuru, a equipe recebeu uma denúncia anônima, via aplicativo de mensagem, na sexta-feira (11/07), com a imagem de um veículo circulando pela cidade com dois homens. A mensagem dizia que eles estariam negociando a compra de um bebê recém-nascido, na maternidade pública do município.


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“Com base nessa informação, determinei que a equipe realizasse os levantamentos necessários e acionamos o Conselho Tutelar para acompanhar. Na maternidade, havia quatro mães que haviam dado à luz naquele dia. Após conversar com os enfermeiros, identificamos a mãe do bebê, de 31 anos, que não pôde ser ouvida porque estava recebendo cuidados médicos após o parto”, explicou Joyce Coelho.

Suspeito tentou passar por pai biológico

Segundo a delegada, a investigação revelou que um dos homens se apresentou como o pai biológico da criança. Ele chegou a acompanhar o parto, assistiu o procedimento e recebeu a Declaração de Nascimento Vivo (DNV), documento necessário para o registro da criança em cartório. Tentou registrar o bebê, mas o sistema estava com falha e o registro não foi concluído.

“No momento da abordagem, o casal estava visivelmente nervoso. Inicialmente, um deles afirmou ser o pai biológico da criança, mas logo após admitiram que haviam transferido R$ 500 para José Uberlane, que os havia indicado a mulher disposta a entregar o filho logo após o parto”, contou a delegada.

A delegada também informou que há indícios de que o casal tenha levado outra criança em uma ocasião anterior, embora isso ainda não tenha sido confirmado. Além disso, eles tiveram um processo de adoção arquivado por não apresentarem a documentação correta e por tentarem fraudá-lo.