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Centro Cultural Palácio Rio Negro comemora 27 anos com exposições de artistas locais

Centro Cultural Palácio Rio Negro comemora 27 anos com exposições de artistas locais

Lara Tavares
Por Lara Tavares | 27 de agosto de 2024

O Centro Cultural Palácio Rio Negro comemora 27 anos de importância histórica, nesta quarta-feira (28/08). A programação conta com duas exposições: o “Reino de Encantaria”, pela artista cênica Nonata Silva; e a exposição “13 casas de Manaus – Coleção Bacellar-Ventilari”, da artista visual Monik Ventilari.

As exposições ficam em cartaz até 29 de setembro, no Centro Cultural Palácio Rio Negro, situado na avenida Sete de Setembro, Centro, zona sul de Manaus. O Palácio fica aberto para visitação gratuita de segunda a sábado (exceto às terças-feiras), de 9h às 15h.

‘Reino de encantaria’

A exposição “Reino de encantaria”, produzida pela artista cênica e visual, Nonata Silva, representa a riqueza do Folclore e sua diversidade na perspectiva visual ao entrar em contato com temas que dizem respeito à Encantaria Amazônica. Introduzindo o visitante no espaço e tempo em que a história se passa, reforçando os seus laços de pertencimento com a memória local e da região amazônica validando a sabedoria popular.

Com obras visualmente marcantes, que trazem uma interpretação dos encantados atemporais, a exposição busca instigar a percepção e a imaginação do visitante para contemplar o lugar e seus habitantes. De acordo com a artista, cada obra tem sua própria questão e provocação, permitindo aos visitantes conhecer e valorizar o Folclore Amazônico.

‘13 casas de Manaus’

A exposição “13 casas de Manaus – Coleção Bacellar-Ventilari”, pela artista visual Monik Ventilari, consiste em sua coleção de obras de arte em acrílico sobre tela inspiradas no poema “Balada das 13 Casas”, do poeta amazonense Luiz Bacellar.

A exposição conta com uma coleção de pinturas que retratam as casas que foram a inspiração para o poema de Bacellar. O poema, entre suas nuances, fala das transformações arquitetônicas ocorridas ao longo tempo na cidade de Manaus.

A coleção busca mesclar a percepção do poeta com a da artista visual, retratando por meio da estética de Monik Ventilari as casas da rua Henrique Martins, no Centro de Manaus, local onde também o poeta morava e casas inspiradas onde a artista visual morou.

História

O prédio que hoje abriga o Centro Cultural Palácio Rio Negro (CCPRN) foi constituído em 1903, no estilo eclético, para ser residência particular de um abastado comerciante de borracha, o alemão Karl Waldemar Scholz. É um dos prédios mais emblemáticos daquele período, que marcou a economia do Estado.

O local posteriormente funcionou como sede do Governo e, em 3 de outubro de 1980, foi tombado como Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Amazonas. Ao longo dos anos, foi reformado, restaurado, adaptado, e em virtude de sua beleza arquitetônica e relevância histórica, foi transformado em Centro Cultural.

O Palácio Rio Negro conta com salão para recitais, exposições, lançamento de livros e diversas atividades culturais. O espaço mantém, ainda, um gabinete de despachos para o governador e a agenda aberta para atos oficiais, quando necessário.


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Curiosidades

O espaço é conhecido por ter sido residência de um dos “barões da borracha”, como eram chamados os comerciantes que enriqueceram com a exploração do látex entre o final do século XIX e início do século XX em Manaus.

Durante esse período, o local era chamado de “Palacete Scholz”, a casa fabulosa foi construída na avenida Sete de Setembro, onde hoje é o Centro de Manaus, em um terreno de mais de 4.700 metros quadrados.

O espaço guarda três peças originais do Palacete Scholz, datadas de 1903, incluindo um lustre de bronze e duas estátuas situadas ao pé da escada, representando a poesia e a música. Estas são as únicas peças do mobiliário que permanecem da época do Barão Scholz.