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Estudo identifica cogumelo amazônico capaz de combater doenças

Estudo identifica cogumelo amazônico capaz de combater doenças

Jornalismo
Por Jornalismo | 12 de agosto de 2022

Uma pesquisa apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) identificou extratos oriundos de uma espécie amazônica de cogumelo, que apresentam potencial para auxiliar no combate a patologias do sistema cardiovascular.

No estudo, estão sendo analisadas dez espécies de cogumelos a fim de verificar o potencial antioxidante, a redução de níveis de colesterol e a redução de coágulos no corpo humano.

O projeto é apoiado pelo Fapeam via Programa de Apoio à Pesquisa – Universal Amazonas, sendo coordenado pela doutora em Ciências, Waldireny Gomes, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A pesquisadora explica que o estudo busca comprovar o potencial químico e biotecnológico dos cogumelos para a saúde.

“Estamos buscando uma espécie promissora que possa ser utilizada na terapia da trombose e redução dos níveis de colesterol e com potencial antioxidante, além de poder ser produzido com preço competitivo. E que, desta forma, possa diminuir o número de mortes causadas pelas doenças cardiovasculares”, explicou.

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Entre as espécies estudadas pelos pesquisadores estão Pleurotus ostreatus, Pleurotus erygii, Pleurotus citrinopileatus, Ganoderma lucidum e a Auricularia fuscosuccinea (espécie amazônica).

Destaca-se que os extratos enzimáticos desta última espécie de cogumelo são os que apresentam a maior capacidade, até o momento, para o combate a doenças cardiovasculares, segundo a coordenadora.

A pesquisa realizou o cultivo de cogumelos cedidos do Herbário Micológico Jair Putzke, da Ufam, além da fermentação e filtração para obter diferentes extratos de cada uma das espécies analisadas.

Ciência para saúde

Controlar os níveis de colesterol é extremamente necessário para a saúde, lembra a pesquisadora, uma vez que a hipercolesterolemia, ou seja, o aumento de gordura no sangue, pode levar ao desenvolvimento de doenças, especialmente as que afetam o coração.

Trabalho em equipe e apoio

O desenvolvimento da pesquisa conta com a participação de sete cientistas da Ufam, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e da Universidade Nilton Lins. A conclusão do projeto está prevista para o segundo semestre deste ano.

*Com informações da assessoria