Rede Onda Digital
Ouça a Rádio 92,3Assista a TV 8.2
Coronel Rosses questiona uso de câmeras corporais por policiais e sugere: “Por que não colocar em presos?”

Coronel Rosses questiona uso de câmeras corporais por policiais e sugere: “Por que não colocar em presos?”

Otávio Vislley
Por Otávio Vislley | 05 de maio de 2025

Nesta segunda-feira (05/05), o vereador Coronel Rosses (PL) se posicionou a favor do uso de câmeras corporais em policiais, desde que o controle das imagens fique restrito às instituições de segurança.

A declaração foi dada após questionamentos sobre o uso de câmeras por guardas municipais, tema que voltou à tona devido a um caso recente de agressão e tortura cometido por agentes da Guarda Municipal de Manaus.

Durante sua fala, o parlamentar afirmou que ações enérgicas por parte de agentes de segurança podem ser mal interpretadas.

“Às vezes, até a maneira energética do policial tratar um vagabundo, bandido pode ser interpretado como agressão”, disse Rosses.

“Meio suspeito”, diz Coronel Rosses sobre renovação de contrato de R$ 19 milhões da Prefeitura com grupo de comunicação
(Foto: Divulgação)

Ele também propôs que presos do regime semiaberto sejam monitorados com câmeras.

“Por que não colocar câmeras corporal nos presos que saem em semiaberto? […] Acho que a gente teria muito mais resultado do que colocar num policial e engessá-lo de trabalhar efetivamente”, questionou Coronel Rosses.

Veja a declaração de Coronel Rosses:

Guarda municipal agride e tortura homem

A discussão ocorre após a repercussão de um caso de tortura em Manaus, ocorrido em 12 de abril, mas que só ganhou visibilidade no dia 24, com a divulgação de um vídeo. Nas imagens, um homem algemado é espancado por um guarda municipal identificado como Francisco das Chagas, enquanto outros agentes apenas observam. Um dos guardas chegou a filmar a cena.

Guarda municipal que espancou homem algemado é preso em Manaus
(Foto: Reprodução)

O Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio da 60ª Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial, expediu seis mandados de prisão e oito de busca e apreensão. O promotor Armando Gurgel Maia afirmou que os agentes que testemunharam o crime podem responder por tortura omissiva, agravada por serem servidores públicos.

“Há também a obrigação dos demais componentes da guarda de evitarem a atuação num caso de tortura. Eles incidem numa modalidade também de tortura, chamada de tortura omissiva”, explicou Gurgel.

O homem agredido não foi levado à delegacia e tampouco recebeu atendimento médico. A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Segurança Pública (Semseg), repudiou o ato, determinou o afastamento imediato dos envolvidos e a abertura de processo disciplinar.