Rede Onda Digital
Ouça a Rádio 92,3Assista a TV 8.2
Defesa diz que Bolsonaro não vai depor à PF se não tiver acesso a conteúdo de celulares apreendidos

Defesa diz que Bolsonaro não vai depor à PF se não tiver acesso a conteúdo de celulares apreendidos

Jornalismo
Por Jornalismo | 20 de fevereiro de 2024

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou ao STF (Supremo Tribunal Federal) e à Polícia Federal que não irá prestar depoimento na quinta-feira (22/2), caso não tenha acesso ao conteúdo de celulares apreendidos em investigações contra ele e aliados.

Os advogados afirmaram que Bolsonaro opta por não fornecer declarações adicionais até que seja garantido o acesso à integralidade das mídias dos aparelhos celulares apreendidos.

A defesa reclama que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, que autorizou a Operação Tempus Veritatis, há duas semanas, “contém excertos de supostas conversas presentes nos celulares apreendidos, mídias as quais a Defesa não teve acesso até hoje”.


Bolsonaro foi intimado pela PF a prestar depoimento na quinta (22/2), em Brasília, sobre um suposto plano de golpe de Estado. Segundo as investigações, o ex-presidente teria recebido, analisado e alterado uma minuta de decreto golpista em dezembro de 2022. A defesa de Bolsonaro considera crucial o acesso completo a esses elementos para garantir o exercício do seu direito de defesa.

Por isso, ele opta, por enquanto, pelo uso do silêncio. Os advogados ressaltam a importância de ser ouvido “em momento posterior e oportuno”, desde que tenha acesso às mídias dos celulares apreendidos.

A decisão de Moraes que autorizou a operação Tempus Veritatis cita diversas mensagens trocadas entre os investigados, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice na chapa de Bolsonaro à reeleição.

Os advogados de Bolsonaro alegam que a Defesa não teve acesso a essas conversas presentes nos celulares apreendidos ao longo do procedimento investigatório. A defesa do ex-presidente destaca a importância do acesso completo a esses elementos para garantir o direito de defesa de Bolsonaro.

*com informações da JP News