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VÍDEO: delegada agride e ofende de ‘vagabundo’ entregador por aplicativo no Pará

VÍDEO: delegada agride e ofende de ‘vagabundo’ entregador por aplicativo no Pará

Gaby Santos
Por Gaby Santos | 18 de abril de 2025

Um entregador de aplicativo foi agredido e ofendido verbalmente pela delegada Kari Grazielle Klat, da Polícia Civil do Pará, durante uma entrega realizada na tarde desta quarta-feira (16/4), em um condomínio no bairro Parque Verde, em Belém.

A Corregedoria da corporação já abriu um procedimento administrativo para apurar o caso.

Discussão

Segundo relatos da vítima, o entregador chegou ao local e solicitou que a cliente — no caso, a delegada — descesse até a portaria para retirar o pedido. Quando ela apareceu, iniciou-se uma discussão. A policial teria se recusado a fornecer o código necessário para concluir a entrega e, exaltada, passou a agredir verbalmente o trabalhador.

“Bora, seu vagabundo, me dá a p**** da comida. Eu paguei”, gritou a delegada, conforme registrado em vídeo pelo próprio entregador.

Veja o vídeo:


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Agressões

Ainda de acordo com o entregador, a delegada tentou derrubá-lo da bicicleta e, ao perceber que estava sendo filmada, tentou arrancar o celular de suas mãos. Em outro momento, ameaçou dar voz de prisão ao trabalhador, mesmo sem justificativa legal.

O vídeo do incidente circulou nas redes sociais e mostra claramente a delegada gritando e tentando impedir a gravação da cena.

Protesto de apoio ao entregador

Após a repercussão do caso, dezenas de entregadores se reuniram em frente ao condomínio onde ocorreu o episódio, em protesto. Eles exigiram respeito à categoria e cobraram providências das autoridades.

“Estamos aqui para dizer que trabalhador merece respeito. Ninguém é obrigado a descer para entregar comida, principalmente quando não foi informado o código”, afirmou um dos participantes do ato.

Investigação

A Polícia Civil do Pará informou, por meio de nota, que a Corregedoria-Geral abriu um procedimento administrativo para investigar a conduta da delegada Kari Grazielle Klat. A corporação afirmou que “não compactua com atitudes que violem os direitos de qualquer cidadão e tomará todas as medidas cabíveis”.