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Deputada Duda Salabert aciona PGR para pedir prisão de Bolsonaro por ato em Copacabana

Deputada Duda Salabert aciona PGR para pedir prisão de Bolsonaro por ato em Copacabana

Otávio Vislley
Por Otávio Vislley | 17 de março de 2025

A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) protocolou uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido ocorre após declarações dadas por Bolsonaro durante um ato realizado neste domingo (16/03), em Copacabana, no Rio de Janeiro.

De acordo com Duda Salabert, Bolsonaro utilizou um tom conspiratório em suas falas, colocando em dúvida a idoneidade do processo eleitoral brasileiro. Salabert argumenta que esse tipo de discurso incentiva grupos extremistas, gerando riscos para a ordem democrática.

“A permanência desse discurso falso e inflamado representa um risco à ordem democrática, pois alimenta a insatisfação de grupos extremistas que, no passado, já praticaram atos violentos contra as instituições democráticas”, destacou a deputada no pedido enviado à PGR.

Além da prisão preventiva, Duda Salabert solicitou que Bolsonaro seja proibido de utilizar redes sociais e de participar de eventos públicos que possam servir como plataforma para incitações antidemocráticas. Segundo a deputada, a manutenção do ex-presidente em liberdade representa uma grave ameaça à garantia da lei e da ordem.

“Esse comportamento, além de potencializar atos violentos por parte de seus apoiadores, enfraquece as instituições e incentiva a instabilidade política”, justificou Duda Salabert.

Deputada Duda Salabert
(Foto: Divulgação)

Saiba mais:


Bolsonaro convocou apoiadores à Copabana

A manifestação que motivou o pedido de prisão preventiva foi organizada pelo pastor Silas Malafaia e contou com a presença de diversas autoridades, incluindo governadores, senadores e deputados federais. O evento aconteceu na orla de Copacabana e foi marcado por discursos críticos ao atual governo e às instituições democráticas.

Bolsonaro - Copacabana
(Foto: Reprodução)

O ato também ocorre em meio à expectativa pelo julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para os dias 25 e 26 de março. A corte irá deliberar se acata ou não a denúncia da PGR sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Bolsonaro está entre os 34 denunciados sob a alegação de ter estimulando e participado de atos contra os Três Poderes e contra o Estado Democrático de Direito. O ex-presidente nega as acusações e alega perseguição política.

*Com informações de CNN