‘É uma armação para me colocarem contra os professores’, diz David Almeida sobre áudio fake

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), foi até a sede da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (22/12) para fazer uma denúncia contra o vazamento de áudio que ele chama de “criminoso”, com informações caluniosas.

“O áudio é criminoso. Uma armação. Uma criação por inteligência artificial tentando me colocar em rota de colisão com os professores. Eu tenho admiração pelos professores e estão se aproveitando exatamente desse momento de final de ano, com relação ao abono (Fundeb), tentando reportar a mim uma fala que não é minha. A PF vai identificar rapidamente estes autores. Não existe anonimato na internet”, disse o prefeito.

A referência do prefeito se dá porque, no início desta semana, ele informou que a redução da verba do Fundo implicou no impedimento do pagamento do abono neste final de ano. O anúncio pegou os professores de surpresa e, isso, segundo David, motivou a criação de um áudio falso.

“Ao receber o áudio e me certificar, fizemos o contato com a PF. E se tratando de um crime cibernético e, na minha concepção, eleitoral, onde me colocam na rota de colisão com a categoria dos professores. Aqui, fizemos o registro da ocorrência e a polícia vai trabalhar para identificar os autores e fazer a punição devida em relação aos criadores e disseminadores desta fake news”, disse o prefeito.

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Confira a entrevista concedida pelo prefeito David Almeida:

Áudio fake

A perícia da PF avaliou o arquivo e constatou que o áudio realmente se trata de uma montagem. Na polícia, foi feita uma análise prévia do material e foi constatado que foram usados áudios do que já existe na internet para fazer a simulação.

Duas pessoas, inclusive, já foram identificadas por meio do número de WhatsApp de onde se originou o disparo do áudio.

“Nosso papel é defender os princípios básicos da democracia. Estamos atentos a estas ocorrências. Que se promova a descontinuação deste tipo de conduta. Uso de IA com objetivo eleitoral será investigado e as pessoas serão identificadas e punidas”, destacou Umberto Ramos, superintendente da PF.