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Justiça do DF extingue processo de Bolsonaro contra Lula por móveis do Alvorada

Justiça do DF extingue processo de Bolsonaro contra Lula por móveis do Alvorada

Ivanildo Pereira
Por Ivanildo Pereira | 02 de abril de 2024

A Justiça do Distrito Federal extinguiu nesta terça (2/4) o processo que Jair e Michelle Bolsonaro (PL) moveram contra o presidente Lula (PT), após a Presidência encontrar os móveis do Palácio da Alvorada que estavam desaparecidos.

Em sua decisão sobre a extinção do processo, a juíza Gláucia Barbosa Rizzo da Silva do Juizado Especial Cível do Distrito Federal apontou que os Bolsonaros não estão processando a entidade correta. Segundo a Constituição Federal, é o órgão quem responde por eventuais danos causados por agentes públicos. Nesse caso, o ex-presidente deveria ter processado a Presidência da República, e não a pessoa do presidente Lula.

A sentença também afirma que, mesmo se o processo fosse legítimo, ele não poderia ser julgado, pois não foi protocolado no lugar certo: a retratação pedida por Bolsonaro demandaria uma ação de rito especial, que não poderia tramitar no Juizado Especial Cível.


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Entenda o caso

A troca de farpas entre os casais presidenciais começou no início do ano passado, quando Lula e Janja reclamaram das condições do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente, após o inicio do novo governo. Eles apontaram que alguns móveis do patrimônio estavam faltando após Bolsonaro e Michelle se mudarem do local.

A ausência dos móveis também havia sido um dos motivos alegados pelo novo governo para o gasto de R$ 196,7 mil em móveis de luxo, como a Folha de S. Paulo revelou.

Em março, a Presidência da República anunciou que encontrou todos os 261 bens do patrimônio do Palácio da Alvorada que estavam desaparecidos. Depois da revelação de que os itens foram recuperados, em 20/3 Bolsonaro postou no X, antigo Twitter: “Todos os móveis estavam no Alvorada. Lula incorreu em falsa comunicação de furto”.

O casal Bolsonaro pedia retratação de Lula e o pagamento de indenização de R$ 20 mil, que seriam doados a uma instituição de caridade, pelos comentários feitos a respeito do suposto sumiço de móveis do palácio.

*Com informações de UOL