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Festival de Parintins 2025: Ladainha do Boi Garantido toma as ruas de Parintins

Festival de Parintins 2025: Ladainha do Boi Garantido toma as ruas de Parintins

Ivanildo Pereira
Por Ivanildo Pereira | 25 de junho de 2025

A tradicional Ladainha do Boi Garantido tomou conta das ruas de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), na terça-feira (24/06), em uma vibrante mistura de fé, cultura e tradição. O evento, um dos mais importantes do calendário oficial do Boi da Baixa, celebra a promessa do seu criador Lindolfo Monteverde e o aniversário do boi-bumbá vermelho e branco.

A celebração é sempre no Dia de São João (24/06) e remete à promessa feita por Lindolfo, após ficar doente, que se fosse curado, criaria um boi-bumbá para sair às ruas todos os anos. Até hoje, essa promessa é mantida.

A programação iniciou com a inauguração do Museu Vivo da Baixa, onde o Garantido prestou homenagem a personalidades já falecidas que fizeram parte da história da agremiação. Também foi exibido o documentário Símbolos de Resistência da Baixa da Xanda, que narra a trajetória da comunidade.

A ladainha foi conduzida por dona Maria Monteverde, filha de Lindolfo, que, aos 87 anos, mantém viva a tradição deixada pelo pai. Ela disse:

“Eu me sinto feliz, não tem felicidade maior do que a minha. Lembro de toda a minha família, especialmente do meu pai Lindolfo, da minha mãe Antônia e da minha avó Alexandrina. Eles moram no meu coração, sempre! Hoje, estou felicíssima de estar aqui com vocês. Mais tarde quero ir à passeata e vou dançando. Esse é meu destino, minha vida. E vivo muito bem!”.

Festa da Ladainha do Garantido (Foto: Aguilar Abecassis/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa).

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O presidente do Boi Garantido, Fred Góes, comentou sobre a importância de se manter a tradição da ladainha:

“Essa memória é muito importante, não apenas por ser uma lembrança, mas por tudo o que ele deixou, pelo legado construído enquanto esteve entre nós. Esse momento é um mergulho na nossa memória, na memória histórica do nosso boi. Dona Maria representa isso. A fala dela, por si só, já é história viva. A tradição não é algo estático; ela caminha conosco desde a infância até a vida adulta”.