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Lewandowski fala em usar “poder de polícia” contra fake news durante as eleições de 2024 

Lewandowski fala em usar “poder de polícia” contra fake news durante as eleições de 2024 

Kell Vasquez
Por Kell Vasquez | 12 de março de 2024

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que o “Estado brasileiro não hesitará em usar poder de polícia” para combater a disseminação de fake news neste período eleitoral de 2024. Ele assinou nesta terça (12/03), termo de cooperação com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por meio do Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde).

“A presença do Ministério da Justiça e Segurança Pública neste ato, assinando esse acordo, significa o cumprimento do dispositivo da Constituição que diz que os Poderes são independentes, mas harmônicos entre si”, afirmou, destacando a harmonia entre Executivo e Judiciário.

De acordo com Lewandowski, a ênfase que o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, quer dar a essa estrutura é no aspecto educativo, mas ponderou que “claro que há componente repressivo para evitarmos e reprimidos condutas abusivas, sobretudo discursos de ódio e fake news”.

“Não será órgão censório, mas que antes de mais nada veio para proteger a democracia”, afirmou o ministro.


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Até agora, foram convidados para participar do centro a Procuradoria-Geral da República, o MJSP, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e a Agência Nacional de Telecomunicações.

Em um segundo momento, as plataformas também serão convidadas a colaborar. Os integrantes vão trocar informações para agilizar a remoção dos conteúdos vedados e aprimorar a atuação preventiva.

No final de fevereiro, o Tribunal aprovou regras que proíbem o uso de deepfake (técnica de inteligência artificial usada para gerar ou manipular imagens e sons) e abrem a possibilidade de punição das plataformas que não realizarem a remoção imediata de conteúdos em casos de risco, como publicações que atacam as eleições e a democracia, que disseminam discursos de ódio e deepfakes.

 

*com informações do Correio Braziliense.