
Frio deixa cachorro deprimido? Entenda as mudanças de comportamento dos pets no inverno

Com a chegada do inverno, muitos tutores de pets se preocupam ao notar mudanças no comportamento dos cães. Sinais como apatia, sono excessivo e perda de apetite levam à dúvida: será que meu cachorro está deprimido por causa do frio?
A médica veterinária Juliana Stephani esclarece que, embora o comportamento dos animais realmente possa mudar em dias frios, não há evidência científica que comprove uma relação direta entre a temperatura baixa e a depressão canina.
“Animais filhotes, idosos, ou com problemas articulares e ósseos tendem a sentir mais dor em temperaturas baixas. Isso pode deixá-los mais quietos, menos ativos, com pouco apetite ou vontade de brincar. Esses sinais são facilmente confundidos com tristeza ou depressão”, explica a veterinária.
De acordo com Juliana, ao notar qualquer alteração no comportamento do cão, o tutor deve buscar auxílio profissional.
“O diagnóstico correto depende de exames e observação profissional, e qualquer tipo de tratamento, seja com medicamentos convencionais, naturais ou suplementos, deve ser prescrito com base em avaliação clínica”, afirma.

Para manter os pets saudáveis e confortáveis no frio, a veterinária recomenda manter o ambiente entre 18°C e 25°C, usar mantas, roupinhas, e evitar que a caminha tenha contato direto com o chão. “Tapetes ajudam bastante”, orienta. Outra dica é aproveitar os horários mais quentes do dia para passeios.
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Juliana alerta também que o próprio comportamento dos tutores influencia diretamente no humor dos animais.
“Quando está mais frio, os passeios diminuem, as brincadeiras em casa também. Isso altera a rotina do cão, e pode causar sinais semelhantes à depressão, mas a causa real não é o clima, e, sim, a mudança na interação familiar”, ressalta.

Entre os principais sintomas que levantam suspeitas de depressão estão: apatia, perda de apetite, isolamento, sono excessivo, destruição de objetos e queda de pelos.
“Esses sinais não são exclusivos da depressão. Eles também estão presentes em várias outras doenças, por isso é perigoso que o tutor tente diagnosticar por conta própria”, alerta a especialista.