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Mulher manauara morre em Florianópolis após violência doméstica feita por marido

Mulher manauara morre em Florianópolis após violência doméstica feita por marido

Arquipo Goes
Por Arquipo Goes | 12 de março de 2025

Juliana Simões, de 25 anos, natural de Manaus-AM, morreu após ser vítima de maus-tratos e violência doméstica cometidos pelo próprio marido. A mulher havia se mudado para Florianópolis-SC no ano de 2023, juntamente com os dois filhos, para se casar com este homem e procurar emprego, mas acabou passando por episódios de agressões intensas e sendo mantida em cárcere privado.

De acordo com informações de familiares, Juliana relatou para membros da família que era frequentemente agredida pelo marido e que vivia em condições desumanas, sendo trancada em seu quarto e passando fome.

Uma das últimas fotos de Juliana antes de ser internada, com aparência debilitada. (FOTO: Arquivo cedido pela família)

A situação veio à tona quando uma das filhas de Juliana, de apenas 8 anos, revelou que presenciava as agressões feitas a mãe

Internação e morte

No dia 8 de fevereiro de 2025, Juliana foi levada ao hospital com hematomas no corpo e sinais claros de desnutrição já em uma situação bem debilitada. Ela não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no dia 22 de fevereiro e foi enterrada em Florianópolis-SC. O bebê também chegou a ficar desnutrido porque não se alimentava direito e até foi internado mas passa bem.

Última foto de Juliana ainda com sinais vitais no Hospital em Florianópolis. (FOTO: Arquivo cedido pela família)

O principal suspeito do crime, o marido de Juliana, fugiu logo após a sua morte e desde então não foi mais encontrado.

“Já tinha uma medida protetiva, ela pediu separação, mas ele não deixava, ele bebia muito e depois batia nela (…) O meu desejo é que a justiça seja feita, que ele seja preso e pague pelo que ele fez, e que meus netos voltem pra casa. Eu peço as autoridades que dêem um pouco mais de atenção pro caso da minha filha. É só isso que eu peço, justiça!”, disse o pai de Juliana.

Veja um trecho da entrevista com o pai da vítima

 A família de Juliana busca justiça pela morte da jovem e pela guarda das netas, que se encontram em um abrigo enquanto as investigações continuam. A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) está conduzindo o caso, enquanto os familiares esperam que o responsável pelo assassinato de Juliana seja punido.