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Moraes determina que Google Brasil informe dados pessoas do responsável por publicar “minuta do golpe” na internet

Moraes determina que Google Brasil informe dados pessoas do responsável por publicar “minuta do golpe” na internet

Phill Vasconcelos
Por Phill Vasconcelos | 17 de junho de 2025

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (17/6) que o Google Brasil informe, no prazo de 48 horas, os dados do responsável por ter publicado na internet a chamada “minuta do golpe”, documento central na investigação sobre tentativa de subversão da ordem democrática.

A decisão foi tomada no âmbito da ação penal que apura a suposta trama golpista. O pedido partiu da defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, que busca saber se o arquivo encontrado em sua casa é o mesmo que circulava na internet. Segundo os advogados, essa informação é essencial para uma perícia técnica que poderia atestar se ele tinha, de fato, ligação direta com o documento.

Na solicitação, a defesa argumentou que, se a minuta segue circulando livremente na internet sem que autoridades tenham pedido sua remoção, isso indicaria que ela “não possui qualquer valor jurídico”. Moraes acolheu o pedido e determinou que a plataforma forneça os dados cadastrais do responsável pela publicação, incluindo nome, e-mail, telefone e outros registros.


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Além disso, o ministro autorizou a realização de duas acareações — procedimento em que duas pessoas são ouvidas juntas para esclarecer contradições. Uma colocará frente a frente Anderson Torres e o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e a outra reunirá Mauro Cid e Braga Netto.

Moraes também deferiu um pedido do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, para que o Comando de Operações Navais informe, em até 48 horas, a data da realização da Operação Formosa 2021, exercício militar que aparece em trechos da investigação.

Por outro lado, o ministro rejeitou uma série de solicitações das defesas dos réus, incluindo o pedido de anulação do acordo de delação premiada de Mauro Cid, feito pelos advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Também foi negado o pedido da defesa de Braga Netto para suspender a ação penal, além da solicitação para prorrogação de prazo na análise de mídias apreendidas, feita pelos advogados de Mauro Cid, Augusto Heleno e Braga Netto.

Procurado, o Google Brasil informou que não irá se manifestar sobre a decisão.

(*)Com informações da CNN Brasil