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Ministério Público investiga ataques racistas contra vereadora de Maués, chamada de chimpanzé

Ministério Público investiga ataques racistas contra vereadora de Maués, chamada de chimpanzé

Silvio Lima
Por Silvio Lima | 14 de maio de 2025

Em Maués, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) instaurou uma notícia de fato para apurar a possível prática de crimes de racismo e injúria racial contra a vereadora Carla Leite (PSD).

O caso, que ganhou repercussão na mídia local, foi denunciado pelo deputado estadual Ednailson Rozenha (PMB) e pelo vereador local Paulo Rodrigo (Republicanos), com o apoio de outros parlamentares da cidade. O secretário de segurança, Coronel Vinícius Almeida, também comentou sobre o caso em suas redes sociais. Acompanhe:

Segundo os documentos encaminhados à Promotoria de Justiça de Maués, os ataques ocorreram após um pronunciamento da vereadora na tribuna da Câmara Municipal. O perfil “Portal Mundurucania Falante”, hospedado na rede social Facebook, publicou conteúdo comparando a parlamentar a um chimpanzé — caracterização considerada de cunho explicitamente racista.

Veja abaixo o texto:

Perfil chamou vereadora de chimpanzé (Foto: Reprodução)

As denúncias também apontam que os ataques continuaram com a participação de um servidor público, lotado na Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). Em uma nova publicação nas redes sociais, ele teria reiterado as ofensas, contribuindo para a disseminação do conteúdo discriminatório em sites e grupos locais.


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Como diligência inicial, o promotor de Justiça Caio Lúcio Fenelon Assis Barros determinou o envio de ofício à Delegacia de Polícia de Maués para que informe, no prazo de 20 dias, se já foi instaurado inquérito policial para investigar os fatos. Em caso positivo, a Delegacia deve encaminhar cópias das diligências realizadas até o momento, com o objetivo de elucidar o caso e identificar os responsáveis pelas postagens.

“O Ministério Público está atento e atuante no enfrentamento a todas as formas de discriminação racial, garantindo que casos dessa natureza sejam tratados com absoluta prioridade e seriedade”, declarou o promotor.