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Professor universitário morto no Centro de Manaus foi estrangulado e tinha marcas de mordidas

Professor universitário morto no Centro de Manaus foi estrangulado e tinha marcas de mordidas

Alex Filho
Por Alex Filho | 21 de julho de 2025

O psicólogo e professor universitário Manoel Guedes Brandão, de 42 anos, foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (21/7) em um terreno de mata nos fundos do antigo prédio da cadeia Raimundo Vidal Pessoa, na Avenida Lourenço da Silva Braga, Centro de Manaus. Ele estava desaparecido desde a madrugada de domingo (20), após sair de uma festa junina.

Câmeras de segurança de uma lanchonete registraram o professor caminhando pela região por volta das 6h15 da manhã de domingo, atravessando a rua antes de desaparecer. Desde então, amigos e familiares iniciaram buscas e divulgaram apelos nas redes sociais.


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O corpo foi localizado por um catador de latinhas, sob uma árvore em uma área de mata. O local foi isolado pela Polícia Militar, e equipes do Samu confirmaram o óbito. De acordo com a perícia preliminar, o corpo apresentava sinais de estrangulamento e marcas de mordidas, mas a causa oficial da morte será determinada por exame de necropsia.

Segundo a Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), Manoel estava sem os tênis e a carteira, o que levanta a hipótese inicial de latrocínio (roubo seguido de morte).

Família denuncia violência e pede justiça

No local onde o corpo estava, a irmã do professor, Catarina da Silva, contou que o encontrou após conversar com um morador de rua que reconheceu a foto da vítima.

“Eu estava na frente da minha casa, esperando uma amiga para me levar à delegacia. Nessa hora, passou um morador de rua e eu perguntei se ele andava por aqui. Mostrei a foto do meu irmão, com a mesma blusa que ele foi encontrado. Ele disse: ‘vi sim, ele está ali na quadra, perto da penitenciária, jogado. Já está morto’. Aí eu vim correndo com duas moças. Quando cheguei, o corpo estava exposto, sem nada por cima. Eu não queria acreditar que era ele, mas era. Só quero justiça”, disse, emocionada.

Catarina também revelou que Manoel era homossexual assumido e que a família não descarta motivações homofóbicas ou um possível latrocínio, já que ele não estava com dinheiro e no momento do desaparecimento estava apenas com o celular.

“Com certeza ele não tinha dinheiro para dar, porque ele não estava com dinheiro”, afirmou.

Prisão do suspeito

Um homem suspeito de envolvimento na morte do psicólogo Manoel Brandão foi preso nesta segunda-feira (21/07) na avenida Lourenço Braga, no Centro de Manaus.

Durante a prisão do suspeito, imagens mostram uma suposta parente da vítima afirmando que o professor teria sido “estuprado” e também que o crime foi motivado por homofobia.