
Professor universitário morto no Centro de Manaus foi estrangulado e tinha marcas de mordidas

O psicólogo e professor universitário Manoel Guedes Brandão, de 42 anos, foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (21/7) em um terreno de mata nos fundos do antigo prédio da cadeia Raimundo Vidal Pessoa, na Avenida Lourenço da Silva Braga, Centro de Manaus. Ele estava desaparecido desde a madrugada de domingo (20), após sair de uma festa junina.
Câmeras de segurança de uma lanchonete registraram o professor caminhando pela região por volta das 6h15 da manhã de domingo, atravessando a rua antes de desaparecer. Desde então, amigos e familiares iniciaram buscas e divulgaram apelos nas redes sociais.
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O corpo foi localizado por um catador de latinhas, sob uma árvore em uma área de mata. O local foi isolado pela Polícia Militar, e equipes do Samu confirmaram o óbito. De acordo com a perícia preliminar, o corpo apresentava sinais de estrangulamento e marcas de mordidas, mas a causa oficial da morte será determinada por exame de necropsia.
Segundo a Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), Manoel estava sem os tênis e a carteira, o que levanta a hipótese inicial de latrocínio (roubo seguido de morte).
Família denuncia violência e pede justiça
No local onde o corpo estava, a irmã do professor, Catarina da Silva, contou que o encontrou após conversar com um morador de rua que reconheceu a foto da vítima.
“Eu estava na frente da minha casa, esperando uma amiga para me levar à delegacia. Nessa hora, passou um morador de rua e eu perguntei se ele andava por aqui. Mostrei a foto do meu irmão, com a mesma blusa que ele foi encontrado. Ele disse: ‘vi sim, ele está ali na quadra, perto da penitenciária, jogado. Já está morto’. Aí eu vim correndo com duas moças. Quando cheguei, o corpo estava exposto, sem nada por cima. Eu não queria acreditar que era ele, mas era. Só quero justiça”, disse, emocionada.
Catarina também revelou que Manoel era homossexual assumido e que a família não descarta motivações homofóbicas ou um possível latrocínio, já que ele não estava com dinheiro e no momento do desaparecimento estava apenas com o celular.
“Com certeza ele não tinha dinheiro para dar, porque ele não estava com dinheiro”, afirmou.
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— Rede Onda Digital (@redeondadigital) July 21, 2025
Prisão do suspeito
Um homem suspeito de envolvimento na morte do psicólogo Manoel Brandão foi preso nesta segunda-feira (21/07) na avenida Lourenço Braga, no Centro de Manaus.
Durante a prisão do suspeito, imagens mostram uma suposta parente da vítima afirmando que o professor teria sido “estuprado” e também que o crime foi motivado por homofobia.