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Por unanimidade, STF confirma suspensão de lei que proíbe linguagem neutra no Amazonas

Por unanimidade, STF confirma suspensão de lei que proíbe linguagem neutra no Amazonas

Otávio Vislley
Por Otávio Vislley | 24 de junho de 2024

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão do ministro Flávio Dino que suspendeu a lei do Amazonas proibindo o uso da linguagem neutra em instituições de ensino e repartições públicas do estado. Todos os ministros, incluindo André Mendonça, confirmaram a decisão proferida no dia 29 de maio em ação movida por entidades que defendem direitos de pessoas LGBTI+.

A linguagem neutra, que utiliza substantivos, adjetivos e pronomes que não indicam gênero, é utilizada para representar pessoas não binárias, que não se identificam como masculinas ou femininas.

A norma amazonense, proposta pela deputada estadual Débora Menezes (PL) e aprovada em agosto de 2023, foi promulgada como Lei Estadual nº 6.463/2023, impondo restrições ao uso de linguagem neutra. Essa lei, porém, foi contestada pela Aliança Nacional LGBTI+ e pela Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (Abrafh) como inconstitucional, por invadir competências do Congresso Nacional.


Saiba mais:


No dia 28 de maio, o ministro Flávio Dino suspendeu a lei atendendo ao pedido das entidades. Dino afirmou que a legislação estadual violava competências privativas da União, caracterizando inconstitucionalidade formal.

A análise da decisão ocorreu em formato virtual entre os dias 14 e 21 de junho, sendo necessária devido à sua proferição monocrática. Com o referendo unânime dos ministros do STF, a suspensão da lei foi confirmada.