
Com pouco impacto no Amazonas, PRD e Solidariedade se unem em federação nacional

Após negociações avançadas, os partidos Solidariedade e PRD confirmam para esta quarta-feira (25/6) o lançamento oficial da federação partidária com cerimônia no Salão Verde da Câmara dos Deputados, em Brasília. O evento contará com lideranças nacionais, incluindo os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
A aliança busca se adaptar às novas exigências eleitorais previstas para 2026, após a reforma que endureceu o acesso a recursos públicos e propaganda gratuita no rádio e na TV para partidos menores. Até lá, eles precisam somar votos ou cadeiras para superar a chamada cláusula de barreira.
Com a federação, as siglas atuam como uma única legenda por quatro anos, unificando estratégia eleitoral, divisão de verba e tempo de rádio/TV.
Impacto no nosso Estado
No Amazonas, porém, a federação tende a ter impacto limitado de imediato.
Das duas legendas, apenas o PRD tem representação legislativa local: na Câmara de Manaus, por meio da vereadora Thaysa Lippy, e na Assembleia Legislativa (Aleam), com o deputado estadual Felipe Souza, que é líder do governo.
O Solidariedade, por sua vez, não elegeu representantes no estado nas eleições de 2024.
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Expectativas
Nacionalmente, a federação nasce com cerca de 10 a 15 deputados federais, número que pode dobrar nas próximas eleições. Líderes partidários, como os deputados Eduardo Carneiro (Solidariedade–PB) e Evaldo Gomes (Solidariedade–PI), têm reforçado o caráter estratégico da união, que visa fortalecer a bancada e ampliar a presença política nas eleições de 2026.
Há ainda possibilidade de se abrirem a outros partidos no futuro .
No Amazonas, Funcionalismo local prevalece
Apesar da relevância nacional, no Estado, o foco segue sendo sobreviver politicamente frente às novas regras eleitorais. A federação permitirá ao PRD reforçar sua base institucional ao lado de um aliado com estrutura federal, enquanto o Solidariedade busca ampliar seu alcance por meio de movimentos estratégicos.
A parceria também se alinha a uma tendência nacional com a reforma eleitoral. Muitas legendas menores passaram a buscar fusões ou federações, é o caso do PSDB com Cidadania, PSOL com Rede, entre outros como forma de garantir acesso a recursos e espaço na propaganda oficial.
Projeções do partido
A federação será oficializada em cartório nesta semana, com o estatuto finalizado, seguido do protocolo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A partir de 2026, ela terá atuação integrada em campanhas e votações, de Brasília a Manaus.
Ainda que os efeitos no Amazonas não sejam imediatos, a aliança representa um movimento significativo no tabuleiro político nacional, podendo refletir em maior capilaridade eleitoral e recursos futuros em todo o país.