
Prefeitura de Anori fecha contrato de R$ 1,59 milhão para serviços de dedetização em meio a denúncias e desconfiança popular

No dia 30 de maio de 2025, o prefeito de Anori (AM), Reginaldo Nazaré da Costa, homologou o resultado do Pregão Eletrônico nº 011/2025, autorizando a contratação da empresa C.C. Fernandes LTDA (CNPJ 13.091.862/0001‑19) para prestação de serviços de higienização, sanitização, dedetização e descupinização em prédios públicos municipais, pelo valor de R$ 1.590.000,00, com validade de 12 meses.
Contratações sob suspeita e falta de transparência
A atual gestão é alvo de investigações por irregularidades em processos licitatórios anteriores. Documentos em análise no Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) apontam supostos direcionamentos e ausência de competitividade em contratos emergenciais. A falta de prestação de contas adequada e a repetição de empresas favorecidas acendem alertas sobre a condução dos recursos públicos.
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Comunidade denuncia abandono e cobra soluções urgentes
Enquanto contratos milionários são firmados, a população de Anori denuncia o abandono em setores essenciais, como saúde, infraestrutura e limpeza urbana. Moradores relatam problemas com o lixão, que afeta até voos no aeroporto local, e conexão de internet precária, que compromete o funcionamento de escolas e serviços. O clima é de insatisfação e descrença com a atual administração.
Município pequeno, orçamento volumoso
Anori tem uma população de apenas 17.932 habitantes, distribuída em um vasto território de 6.036 km², resultando em baixa densidade populacional (2,85 hab./km²). Em contraste, Manaus abriga mais de 2 milhões de pessoas em 11.401 km², com densidade de 181 hab./km². A desproporção entre população e valores contratados em cidades pequenas, como Anori, levanta questionamentos sobre efetividade e fiscalização dos gastos públicos.
Contrato necessário, mas cercado por dúvidas
Apesar da necessidade de garantir a salubridade de prédios públicos, a assinatura de um contrato milionário em meio a investigações e críticas populares reforça o apelo por maior transparência, controle externo e responsabilidade administrativa. Sem respostas claras, cresce a pressão por explicações da prefeitura.