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Rio Grande do Sul emite alerta após detecção de caso importado de sarampo

Rio Grande do Sul emite alerta após detecção de caso importado de sarampo

Ivanildo Pereira
Por Ivanildo Pereira | 26 de janeiro de 2024

O Centro de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul emitiu nesta sexta (26/01), um alerta após confirmar um caso importado de sarampo no estado. O paciente é um menino de 3 anos que chegou ao município de Rio Grande no dia 27 de dezembro, procedente do Paquistão.

A doença no país asiático é considerada endêmica.

A família do menino chegou ao Brasil em 26 de dezembro e passou pelos aeroportos internacionais de São Paulo e Porto Alegre, finalizando o itinerário via transporte rodoviário até Rio Grande Sul. De acordo com o centro de vigilância, a criança não estava no período de transmissibilidade do sarampo durante o período de deslocamento.


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Em 2 de janeiro, a família procurou atendimento médico numa UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) para a criança, que sentia dor abdominal e febre.

O menino foi transferido para o hospital universitário, onde permaneceu em isolamento. A suspeita inicial era de malária, mas, no dia 4 de janeiro, o paciente apresentou exantema e manchas na pele. Enquanto exames foram realizados para diversas doenças, a sorologia (IgM) para sarampo foi reagente, assim como o teste de Rt-PCR (biologia molecular), confirmando o diagnóstico do menino.

Diante da confirmação, a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, em nota, reforçou a recomendação de aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças a partir de 1 ano e até os 59 anos, conforme calendário nacional de vacinação.

Segundo o órgão, a criança e seus familiares estão bem.

Dados da secretaria indicam que, no Rio Grande do Sul, os últimos registros de sarampo foram feitos em abril de 2020, quando 37 casos foram contabilizados. O estado, segundo a pasta, tem cobertura vacinal contra a doença de 92%. A recomendação do Ministério da Saúde é que a taxa se mantenha em 95%.

O sarampo era uma doença controlada no Brasil até 2016, quando o país recebeu a certificação de eliminação do vírus em território nacional. No ano seguinte, um surto elevou o número de casos e o Brasil perdeu sua certificação. Atualmente o Brasil é considerado um país endêmico para a doença, ou seja, o sarampo circula livremente.

*Com informações de Sul 21 e Agência Brasil