
Rodoviários anunciam nova greve em Manaus a partir de sexta-feira (04)

O transporte coletivo de Manaus deve ser novamente afetado por uma paralisação a partir da próxima sexta-feira (04/07). O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivos Urbanos e Rodoviários de Manaus e Região Metropolitana confirmou a deflagração da greve, prevista para começar às 0h01, com previsão de manter apenas 50% da frota de ônibus em circulação.
A decisão foi aprovada em assembleia realizada no último sábado (28) e tem como principal motivação a insatisfação da categoria com o aumento de veículos operando sem cobradores. Segundo os rodoviários, os motoristas têm sido obrigados a acumular a função de dirigir e também realizar a cobrança de passagens, o que compromete a segurança e a qualidade do serviço.
Em nota, o sindicato informou que todos os procedimentos legais estão sendo seguidos, com a devida comunicação às autoridades competentes. O objetivo da mobilização, de acordo com a entidade, é forçar as empresas a retomarem as negociações com os trabalhadores e buscarem soluções para os problemas enfrentados pela categoria.
“Estamos cumprindo os prazos estabelecidos por lei e abertos ao diálogo até a data da greve. A responsabilidade pela continuidade do impasse é das empresas”, declarou Givanir de Oliveira Silva, presidente em exercício do sindicato.
Até a tarde desta terça-feira (1º), o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre a paralisação, mas a expectativa é de que uma manifestação seja divulgada nas próximas horas.
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Histórico de paralisações
Esta será a segunda grande mobilização dos rodoviários neste ano. Em abril, uma greve semelhante impactou milhares de usuários em Manaus e só foi encerrada após um acordo intermediado pelo Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU). Na ocasião, houve avanço nas negociações salariais e ficou estabelecido um diálogo contínuo sobre o acúmulo de funções e a retirada gradual de cobradores, tema que volta ao centro das reivindicações nesta nova greve.