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Seguindo os passos do Senado, presidente da Câmara adia discussão do imposto de renda para 2025

Seguindo os passos do Senado, presidente da Câmara adia discussão do imposto de renda para 2025

Otávio Vislley
Por Otávio Vislley | 29 de novembro de 2024

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou nesta sexta-feira (29/11) que qualquer proposta envolvendo alterações na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) será debatida apenas no próximo ano. Ele enfatizou a necessidade de responsabilidade fiscal e declarou que a prioridade da Câmara, no momento, é focar em medidas de contenção de despesas.

“Qualquer outra iniciativa governamental que implique em renúncia de receitas será enfrentada apenas no ano que vem, e após análise cuidadosa e sobretudo realista de suas fontes de financiamento e efetivo impacto nas contas públicas. Uma coisa de cada vez. Responsabilidade fiscal é inegociável”, escreveu Lira na plataforma X, antigo Twitter.

O governo federal apresentou, na última quarta-feira (27), um pacote fiscal que prevê cortes de gastos na ordem de R$ 70 bilhões até 2026.


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As medidas incluem revisões no abono salarial, ajustes no salário mínimo e alterações em benefícios destinados a militares. A proposta será encaminhada ao Congresso Nacional por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e de um projeto de lei complementar.

Segundo Lira, a Câmara dos Deputados está comprometida em dar celeridade à análise das medidas.

“Reafirmo o compromisso inabalável da Câmara dos Deputados com o arcabouço fiscal. Toda medida de corte de gastos que se faça necessária para o ajuste das contas públicas contará com todo esforço, celeridade e boa vontade da Casa, que está disposta a contribuir e aprimorar”, destacou.

Além das medidas fiscais, o governo anunciou a intenção de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Contudo, o avanço desse debate e de uma reforma ampla sobre o tema foi adiado para 2025.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já havia sinalizado que a questão não seria priorizada no curto prazo.