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STF arquiva inquérito que investigava Eduardo Braga por suspeita de receber propina de empresa famacêutica

STF arquiva inquérito que investigava Eduardo Braga por suspeita de receber propina de empresa famacêutica

Otávio Vislley
Por Otávio Vislley | 29 de outubro de 2024

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, determinou o arquivamento do inquérito que investigava o senador Eduardo Braga (MDB-AM) por suspeita de receber propina da farmacêutica Hypermarcas (atual Hypera Pharma). Além dele, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) também foi alvo da investigação.

A decisão, publicada na última quinta-feira (24/10), atende ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não identificou provas suficientes para comprovar que os parlamentares foram destinatários das vantagens ilícitas mencionadas no caso.

A investigação, conduzida pela Polícia Federal (PF) desde junho de 2018, surgiu a partir de uma delação premiada do ex-diretor de relações institucionais da Hypermarcas, Nelson Mello.


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A delação indicava que a empresa teria pago propina aos senadores para que estes atuassem em favor de um projeto de lei, em 2015, que concederia incentivos fiscais a empresas do setor. Com base nos depoimentos e indícios iniciais, a PF apontava indícios dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Contudo, a PGR discordou das conclusões da Polícia Federal, afirmando não haver “evidências que demonstrem que os parlamentares foram os destinatários finais das vantagens ilícitas”. O pedido de arquivamento foi, então, acolhido por Fachin, que destacou a ausência de provas conclusivas.

Após a decisão, Eduardo Braga usou suas redes sociais para se manifestar:

“A Justiça prevaleceu! O STF arquivou o inquérito sobre a delação de executivos do Grupo Hypermarcas, reconhecendo a ausência de provas. Sempre confiei na Justiça e, embora lamente o denuncismo vazio de que fui vítima, considero que hoje a verdade foi restabelecida. Seguimos firmes no compromisso de trabalhar pelo Brasil e pelo Amazonas”, escreveu ele na publicação.