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Alckmin defende o pix após governo americano abrir investigação comercial contra o Brasil

Alckmin defende o pix após governo americano abrir investigação comercial contra o Brasil

Phill Vasconcelos
Por Phill Vasconcelos | 16 de julho de 2025

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, voltou a defender o Pix nesta terça-feira (16/7), chamando o sistema de pagamento brasileiro de “grande sucesso”. A declaração foi uma resposta direta à nova investigação comercial aberta pelos Estados Unidos, que coloca o Pix como possível fonte de desvantagem competitiva para empresas financeiras norte-americanas.

Durante conversa com jornalistas, Alckmin minimizou as suspeitas levantadas pelo governo de Donald Trump, que além do Pix, também questiona temas como propriedade intelectual e desmatamento.

“Nós vamos explicar, não tem nenhum problema”, garantiu o vice-presidente, reforçando que o sistema brasileiro é exemplo de inovação e eficiência.

Para ele, a preocupação mais urgente é a tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre exportações brasileiras, prevista para começar a valer no dia 1º de agosto. “O interesse de alguns não pode se contrapor aos interesses de muitos. É um perde-perde”, alertou, defendendo uma solução negociada.


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O vice-presidente também revelou que, ainda em maio, o governo brasileiro enviou uma proposta formal aos EUA com sugestões para revisar a política tarifária e retomar o diálogo comercial entre os dois países. Sem retorno até agora, um novo pedido de resposta foi encaminhado nesta semana, com assinatura dele e do chanceler Mauro Vieira.

Alckmin destacou que esse tipo de investigação comercial já ocorreu antes e que o Brasil sempre respondeu com transparência. Ele reforçou que o caminho para superar o impasse passa pelo entendimento: “Empresários e trabalhadores dos dois lados precisam atuar juntos. O diálogo é o melhor instrumento.”

Sobre a possibilidade de prorrogação das tarifas enquanto se negocia uma saída, o vice-presidente não descartou:

“O importante é chegar a uma solução. Se for preciso mais tempo para isso, tudo bem. Mas o ideal é resolver já.”

A Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) também manifestou apoio ao diálogo, e alertou que disputas comerciais não devem ser contaminadas por tensões políticas — sob risco de criar precedentes perigosos no cenário internacional.