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Brasil cria 431,9 mil empregos formais em fevereiro, maior saldo da série histórica

Brasil cria 431,9 mil empregos formais em fevereiro, maior saldo da série histórica

Phill Vasconcelos
Por Phill Vasconcelos | 28 de março de 2025

O Brasil registrou um saldo positivo de 431.995 empregos com carteira assinada em fevereiro, conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta sexta-feira (28/3) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Esse é o maior número mensal da nova série histórica do Caged, iniciada em 2020.

O resultado é fruto de 2.579.192 contratações e 2.147.197 desligamentos no período. No acumulado do ano, o saldo chega a 576.081 novos empregos, enquanto nos últimos 12 meses o país gerou 1.782.761 postos de trabalho.

O estoque total de empregos formais atingiu 47.780.769 vínculos celetistas ativos, um crescimento de 0,91% em relação ao mês anterior.

Setores e perfil das contratações

O setor de serviços liderou a criação de empregos em fevereiro, com 254.812 novos postos, um crescimento de 1,1% frente a janeiro. Em seguida, vieram:

  • Indústria: 69.884 postos (+0,78%)
  • Comércio: 46.587 postos (+0,44%)
  • Construção: 40.871 postos (+1,41%)
  • Agropecuária: 19.842 postos (+1,08%)

O salário médio de admissão no mês foi de R$ 2.205,25, registrando uma queda real de R$ 79,41 (-3,48%) em relação ao mês anterior.

As mulheres ocuparam a maioria das novas vagas, com 229.163 empregos, enquanto os homens ficaram com 202.832 postos.


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A faixa etária que mais se destacou foi a de 18 a 24 anos, com 170.593 novas contratações. O nível de escolaridade mais demandado foi o ensino médio completo, que respondeu por 277.786 contratações.

Desempenho por estado

Com exceção de Alagoas, todos os estados registraram saldo positivo na geração de empregos. Os destaques foram:

  • São Paulo: 137.581 postos
  • Minas Gerais: 52.603 postos
  • Paraná: 39.176 postos

Os estados com menor saldo foram:

Alagoas: -5.471 postos

Acre: 429 postos

Paraíba: 525 postos

Entre os estados com maior crescimento proporcional de empregos, Goiás liderou com um avanço de 1,30%, seguido por Tocantins (+1,25%) e Mato Grosso do Sul (+1,24%).

Geração de empregos e política econômica

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, atribuiu o desempenho positivo à política de investimentos e reindustrialização adotada pelo governo federal.

“Estamos estimulando investimentos e incentivando a indústria nacional, como na produção de equipamentos de saúde e no desenvolvimento do Combustível Sustentável de Aviação (SAF)“, afirmou Marinho, durante coletiva de imprensa.

Apesar do saldo positivo em fevereiro, o ministro alertou para uma possível desaceleração no número de contratações em março, devido a fatores sazonais.

Marinho também voltou a criticar a taxa de juros elevada no país. “Precisamos de um pacto para aumentar a produção e conter a inflação, e não apenas depender da alta dos juros para isso”, disse.