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Homem (ainda) tem  vantagens sobre máquinas, defende Marc Tawil

Homem (ainda) tem vantagens sobre máquinas, defende Marc Tawil

Gerson Severo Dantas
Por Gerson Severo Dantas | 31 de julho de 2025

O jornalista e influenciador Marc Tawil defendeu, durante palestra no Digital Summit Experiência (DSX), nesta quinta-feira (31), a existência de cinco habilidades que a Inteligência Artificial (IA) não consegue replicar e, por isso, o profissional do futuro será tanto melhor quanto souber desenvolver estas habilidades.

De acordo com Marc Tawil as atuais ferramentas de IA não conseguem ter “Adaptaptabilidade”, “Inteligência radical”, “Fluxo de competências”, “Pensamento crítico sistêmico” e “Presença expandida”. “E ainda tem um bônus, que é a escuta ativa”, completa Mark.

O palestrante explicou que a “máquina” não tem as convivências que permite ao ser humano ter um repertório de emoções que o fazem ter a capacidade de se adaptar a diferentes situações.

“Essa habilitade permite que o ser humano desenvolva a segunda habilidade, que é ter a inteligência radical. Essa inteligência permite ao homem ter coragem para ir contra o óbvio, fazer as melhores perguntas e comandar as ações da máquina”, explicou.

Sobre a terceira habilidade que o profissional do futuro precisa, Marc Tawil explica que para desenvolve-la e seguir na frente das IAs, o homem precisa ter a capacidade de aprender, desaprender e reaprender de forma continuada, com velocidade e consciência.

Esse fluxo contínuo de competências, que a máquina não consegue executar, permite a quarta habilidade, o pensamento crítico sistêmico.

“Só o homem é, ainda, capaz de conctar pontos, traduzir complexidades e gerar clareza onde os outros vêem confusão. Para isso, é preciso sair da bolha, ouvir e conhecer quem pensa diferente, ouvir quem pensa diferente até para compreender o argumento e poder contestar”, ensina, destacando que neste aspecto a rede social X é boa, pois lá todos os diferentes se encontram.

Por fim, Marc Tawil destaca a capacidade do ser humano de se relacionar com o outro, mesmo que a distância, ocupando espaços com intenção deliberada propósito e sofisticação.

“É o networking, essa capacidade de ter olho no olho, pegada. Hoje em São Paulo a geração millenial está perdendo isso. As baladas estão acabando. Hoje as baladas acontecem em cafeterias, sem alcool, e as 11h porque as pessoas querem voltar cedo para casa”, contra Marc Tawil.

“Hoje é mais fácil (menos traumático) para eles levar um fora em aplicativos de relacionamentos, mas o encontro presencial oferece trocas verdadeiras. O olho no olho, a pegada, isso é ouro”, ensina.


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Escuta ativa e o poder do silêncio, destaca Marc Tawil

Analisando o quadro atual do mundo do trabalho e o desenvolvimento das tecnologias, Marc Tawil afirmou que “escutar o outro” é uma habilidade fundamental para o profissional que está cercado por Inteligência Artificial, pois a “subjetividade  humana” é a nossa última fronteira.

“Quando uma pessoa liga para a empresa e diz que vai chegar atrasada porque o cachorro tá doente, hoje a primeira coisa que vem na cabeça do chefe é: ‘Tá bom, mas que horas você vai chegar?’. Isso mostra uma total falta de empatia com a dor de quem está sofrendo com a doença do seu animal. Quem conseguir ter essa empatia, devolver ao outro a mesma atenção que ele te dedicou, será um profissional melhor que a máquina, pois isso a IA não replica”, afirma.

Conforme o especialista, outras capacidades que a IA não replica e que será sempre útil para o profissional do futuro são “entender o silêncio” e “ter coragem para tomar decisões”.

“Ai entra outras duas outras IAs que o profissional do futuro precisa compreender: a Inteligência Ancestral, que os povos da Amazônia, por exemplo, têm para entender a floresta; e a Inteligência Afetiva, que é a capacidade de entender o humano”, finalizou Marc Tawil.